Na próxima quinta-feira (10), o Tribunal do Júri de Araçatuba julgará Maicon Suzano da Costa, acusado de assassinar Carlos Henrique Pereira Garcia com 11 tiros em outubro de 2022. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou o réu por homicídio qualificado, alegando que o crime foi cometido por motivo fútil e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
O caso remonta a uma disputa amorosa envolvendo a mesma mulher que teve relacionamentos com ambos. Segundo as investigações, a moça e Carlos Henrique já tinham dois filhos quando ele foi preso em 2018. Durante o período, ela passou a se relacionar com Maicon, então menor de idade. Anos depois, quando Carlos Henrique saiu da prisão, a mulher reatou o relacionamento com ele e teria comunicado a Maicon que não queria mais vínculos com ele.
Crime premeditado
De acordo com a denúncia, Maicon não aceitou a rejeição e decidiu matar o rival. No dia 12 de outubro de 2022, por volta das 20h, ele saiu armado de bicicleta e perseguiu Carlos Henrique até a Rua João Maria Gomes, 215, no bairro Atlântico. Lá, teria se aproximado por trás e efetuado pelo menos 11 disparos contra a vítima, que foi atingida inteiramente nas costas.
Carlos Henrique morreu no local em decorrência de hemorragia interna causada pelos tiros. Maicon fugiu de bicicleta, levando a arma consigo, mas foi posteriormente identificado e preso.
MP pede condenação por homicídio qualificado
O MPSP sustenta que o crime foi premeditado e executado de forma covarde, já que a vítima foi surpreendida sem chance de reação. O promotor Adelmo Pinho destacou que Maicon agiu por motivo torpe (ciúmes e vingança) e usou de meio cruel (disparos múltiplos pelas costas).
O júri popular, formado por sete cidadãos, decidirá se o réu é culpado ou inocente. Se condenado, Maicon pode pegar pena de 12 a 30 anos de prisão. O julgamento ocorrerá no Fórum de Araçatuba.