Uma vistoria ambiental realizada pela Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo nesta sexta-feira (23) identificou uma grande quantidade de peixes mortos em rios e córregos na região de Araçatuba, noroeste do estado. A ação ocorreu no reservatório da Usina Hidrelétrica (UHE) Nova Avanhandava e em mananciais dos municípios de Penápolis, Glicério, Barbosa e Brejo Alegre.
Durante o patrulhamento náutico, os militares encontraram centenas de peixes mortos no Ribeirão Bonito, próximo à Ponte da Beter e ao Condomínio Samarino, em Glicério (SP). Entre as espécies afetadas estavam tucunaré, corvina, piranha, traíra e barbado, todos com sinais de inchaço e globos oculares saltados, possivelmente por asfixia.

Além disso, foi observada a presença de aves, como garças brancas e biguás, se alimentando dos peixes mortos. A água apresentava coloração esverdeada, odor forte e aguapés secos na superfície. Situação semelhante foi registrada em outros pontos, incluindo o Rio Tietê, próximo à barragem, onde a água estava espessa e com cheiro de decomposição de algas.
Causas ainda não identificadas
A equipe não encontrou indícios de descarte de produtos químicos, combustível ou lançamento de esgoto nos locais vistoriados. A suspeita inicial é que a mortandade possa estar relacionada a alterações na qualidade da água, como proliferação excessiva de algas ou falta de oxigenação, mas as causas exatas ainda serão apuradas.
A Polícia Ambiental reforçou que continuará monitorando a região e coletando informações para identificar a origem do problema. Caso seja comprovada ação humana, os responsáveis podem responder por crimes ambientais.
Próximos passos
- Análise de amostras de água para detectar possíveis contaminantes;
- Acompanhamento da fauna local para verificar novos casos de mortandade;
- Fiscalização reforçada para coibir atividades ilegais na área.