Derli Jesus de Oliveira foi condenado nesta quinta-feira (13) a pena de 8 anos e 9 meses de prisão em regime inicial fechado em julgamento pelo Tribunal do Júri de Araçatuba. Ele matou a facadas Gilmar de Almeida, que tinha 50 anos, no dia 16 de novembro de 2023 na garagem de um imóvel desabitado na rua Fernando Costa, bairro Higienópolis, próximo ao centro.
Após julgamento dos quesitos pelo júri, o magistrado fixo a pena base em 9 anos de prisão. Na dosimetria da pena, houve aumento em 1/6 pelo fato do réu ter agido de forma que impossibilitou defesa por patê da vítima. Posteriormente houve redução em 1/6 porque o réu confessou o crime.
No dia do crime a reportagem do RP10 acompanhou a ocorrência e prisão do autor. Tanto Derli quanto Gilmar eram moradores em situação de rua, e o crime, conforme investigações e denúncia do Ministério Público, foi motivado por ciúmes, pelo fato do réu alegar que a vítima havia saído com sua companheira.
Autor confessou
O morador em situação de rua Derli Jesus de Oliveira, preso pela Polícia Militar minutos após matar o também morador de rua Gilmar Almeida, 50 anos, perto da Praça Olímpica, em Araçatuba, confessou o crime e disse que o motivo foi pelo fato de, no dia anterior, ter flagrado Almeida mantendo relações sexuais com sua companheira.
Oliveira foi preso por policiais militares a algumas quadras do local do crime e já tinha trocado de roupas. Enquanto prestava depoimento, o autor tentou fugir da delegacia mas foi contido pelos policiais. Ele ainda relatou que atacou a vítima quando ela descansava embaixo da varanda de uma casa sem muro nem grades, que está desocupada, na rua Fernando Fernando Costa.
O Crime
Conforme depoimento do autor, no feriado de 15 de novembro ele teria flagrado Gilmar mantendo relações sexuais com sua companheira. No dia seguinte foi até o local onde a vítima descansava, na garagem de uma casa desabitada na rua Fernando Costa, 223. Almeida foi atacado enquanto estava deitado, levou três facadas, sendo duas no tórax e uma no antebraço, e morreu no local.
Após o crime, Oliveira saiu caminhando rapidamente, virou na rua Pedro de Toledo, onde retirou um gorro e uma blusa de frio que vestia e largou um saco preto onde deixou a faca utilizada no crime, com 22 centímetros.
Policiais civis e militares conseguiram imagens de câmeras de circuitos de segurança de da região onde era possível ver nitidamente o autor. Funcionários de auto-escolas que atuam na Praça Olímpica viram as imagens e reconheceram Oliveira, que é morador de rua e frequentava a região do Estádio.
Os policiais militares Mota e Olímpio faziam patrulhamento pela região em busca do autor e o encontraram na esquina da rua Francisco Braga com a rua Américo Batista. Ele ficou preso em flagrante. Gilmar Almeida era ex-funcionário público municipal, foi morador na região da Seiscentas Casas e atualmente estava em situação de rua. Ao lado do corpo dele havia uma bolsinha com itens de higiene pessoal e alguns documentos.