Cada geração tem hábitos distintos quando o assunto é o uso da internet. Mesmo tarefas em comum, como a busca por notícias, compras em e-commerce ou pesquisa por dicas e recomendações podem ser experienciadas de maneiras diferenciadas, dependendo de como cada indivíduo interage online.
No caso das gerações mais novas, as redes sociais têm enorme apelo, sendo o principal “hub” para todas as necessidades citadas acima, assim como outras. Esse tema foi estudado com profundidade pela plataforma ExpressVPN, com dados que nos ajudam a compreender as razões para essa transição.
O que nós sabemos sobre os padrões de pesquisa da Geração Z?
A melhor maneira de compreender os padrões de pesquisa da Geração Z é nos debruçando sobre os dados da pesquisa da ExpressVPN, a qual pontua, entre outras coisas, preocupações com privacidade dos indivíduos que usam diferentes métodos para pesquisar coisas, entre redes sociais, IA e o Google.
Enquanto aqueles que preferem usar o Google variam entre 25% e 37%, os que veem vantagens nas redes sociais flutuam entre 7% e 16%. Como podemos deduzir, os números maiores para o Google ficam com gerações mais antigas, enquanto os valores mais altos das redes sociais são da Geração Z.
O outro lado da moeda é o que se evita: entre todas as gerações, o receio das redes sociais é apenas de 2% a 6%; números idênticos quando o assunto é a privacidade por parte de ferramentas como o Google. Por fim, entre 15% e 21% dos entrevistados não se importam com esse elemento das buscas.
É correto afirmar que “o TikTok virou o novo Google”?
Baseados nos dados anteriores, é interessante questionarmos se a afirmação do título procede. É real que “o TikTok virou o novo Google”? De maneira direta, não, mas há nuances. Isso porque muito do que antes era executado apenas em buscadores online, como as pesquisas, hoje já ocorre no TikTok.
Como exploramos antes, porém, essa utilização vê um grande “gap” entre as gerações, sendo elevada entre os mais jovens, mas caindo quando chegamos às gerações mais antigas. Ou seja: o Google ainda não morreu (e provavelmente não morrerá tão cedo), mas as redes sociais vêm pisando em seu calo!
A ascensão do TikTok também está ligada à cultura do consumo instantâneo, que permeia os hábitos da Geração Z. Com vídeos curtos e de fácil acesso, a plataforma permite que os usuários consumam informação de maneira rápida e sem esforço, algo que é cada vez mais valorizado em uma sociedade saturada de informações.
A influência do formato de conteúdo nas buscas
Um dos motivos pelos quais a Geração Z tem preferido redes sociais como o TikTok é o formato dos conteúdos. Os vídeos curtos e dinâmicos facilitam o consumo rápido de informações, algo que pode ser mais atrativo do que ler artigos extensos ou filtrar diversas páginas de resultados no Google.
Além disso, os algoritmos das redes sociais personalizam o que é exibido com base no comportamento do usuário, tornando a busca por informações ainda mais eficiente e intuitiva. A ideia de receber conteúdo sob medida, sem a necessidade de digitar perguntas específicas, também contribui para essa mudança de hábito.
O impacto da personalização nas plataformas de busca
A personalização, que tanto o Google quanto o TikTok oferecem, tem se tornado uma peça-chave no comportamento de busca da Geração Z. O TikTok, com seu algoritmo altamente eficiente, oferece um conteúdo ainda mais personalizado, adaptado aos gostos e preferências de cada usuário. Isso faz com que, muitas vezes, os resultados de busca no Google se sintam mais genéricos ou impessoais, especialmente quando comparados à experiência mais emocional e envolvente proporcionada pelos vídeos no TikTok. Além disso, a interação social que ocorre nos vídeos — como curtidas, comentários e compartilhamentos — faz com que o conteúdo se torne ainda mais relevante e alinhado com o que os usuários realmente desejam consumir.
Como as inteligências artificiais se encaixam nas pesquisas?
Durante o primeiro parágrafo nós falamos sobre os dados de preferência dos usuários entre o Google e redes como o TikTok, mas e quanto às inteligências artificiais? Elas mudam consideravelmente os números da pesquisa da ExpressVPN? A resposta é “sim”, levando em conta a sua prevalência atual.
Entre 9% e 20% dos usuários valorizam as IA no quesito privacidade, o que é um contraste alto entre as gerações (os números mais baixos aparecem entre os usuários mais velhos). Já no quesito evitar as IA, os percentuais se encontram entre 12% e 16%, com as gerações mais jovens às evitando menos.
É válido reforçar também que as razões pelas quais usuários utilizam um dos métodos citados variam bastante. Se o foco forem as interações humanas, as redes serão preferência. Se, por outro lado, o que se busca for a praticidade, então as IA ganham espaço. Em todos os casos, há padrões por geração.
Essa não é a primeira vez que um padrão de comportamento observado na internet se modifica: esse é exatamente o ciclo da utilização de recursos online! A partir dessa reflexão, nos resta a curiosidade sobre o que vem pela frente e de que jeito as novas gerações continuarão transformando a internet.