Essa semana o meio político foi surpreendido com anúncio da desfiliação do ex-prefeito Dilador Borges do PSDB, partido que estava filiado há 18 anos, por onde ocupou cargo de deputado estadual (suplente) e por dois mandatos, prefeito de Araçatuba. Segundo fontes próximas, o motivo da saída se deu, além de já não não estar mais alinhado às diretrizes atuais do partido, a estratégia para as eleições de 2026, onde almeja uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo.
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Disputa acirrada
Dilador e sua equipe teriam percebido que nomes fortes no partido dificultam suas chances no pleito, como já se viu em eleições passadas quando ficou como suplente. Diante da desfiliação, resta saber, para onde irá Dilador? O ex-prefeito tem sido assediado por alguns partidos, mas no meio político dizem que uma das possibilidades seria o União Brasil, onde sua esposa, Deomercene Damasceno, que também foi candidata a deputada estadual em 2022, está filiada.
Deputado Fausto Pinato
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O deputado Federal Fausto Pinato (Progressistas), que tem forte atuação na região de Fernandópolis e São José do Rio Preto, ao que tudo indica, pretende fortalecer seu vínculos com a região de Araçatuba. Ele nomeou recentemente um advogado da cidade, Miguel Martins, que foi um dos coordenadores da campanha do médico Filipe Fornari à prefeitura de Araçatuba, como assessor parlamentar. O novo assessor já tem percorrido várias cidades da região mantendo contato com prefeitos para ouvir as demandas, além de diversas lideranças regionais. Será que já sinaliza uma possível dobradinha entre ele e Fornari nas eleições de 2026?
Vereadores cobram posicionamento do prefeito em caso de assédio
O diretor nomeado pela atual administração para ocupar um cargo na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e foi denunciado por ter assediado uma aluna da Fundação Mirim de Araçatuba que atua na repartição, ainda não foi exonerado, apesar de não estar indo trabalhar porque foi afastado depois que o caso veio a tona. Na sessão da Câmara desta segunda-feira o caso foi relembrado e vereadores cobraram posicionamento em relação a exoneração do diretor, que é de Buritama e marido de uma política daquela cidade que é do mesmo partido do prefeito Lucas Zanatta.
Assunto veio à tona
O assunto veio à tona durante discussão do projeto de lei do vereador João Pedro Pugina (PL), que obriga profissionais que atendem crianças e adolescentes na rede municipal a apresentarem certidão negativa de antecedentes criminais para exercer as funções do cargo.
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O vereador Luís Boatto (Solidariedade) aproveitou o tema para relembrar a recente denúncia, e dizer que não se pode punir uma situação e aliviar a outra. No caso em questão, Boatto diz que há provas, mensagens enviadas pelo diretor à adolescente da Fundação Mirim, e questionou porque ainda não houve a exoneração do diretor, que está afastado mas ainda com direito ao salário.
Líder defendeu
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O líder do prefeito na Câmara e vice-presidente da Mesa Diretora, Fernando Fabris (PL) saiu em defesa do Executivo dizendo que o diretor em questão já foi afastado e a prefeitura está apurando os fatos para tomas as devidas providências. Ele ainda pediu que Boatto não distorcesse o assunto, que seria o projeto de lei de Pugina, e não o caso envolvendo diretor nomeado em cargo de confiança na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. A vereador Sol do Autismo (PL) também saiu em defesa e disse que conversou com o prefeito em relação ao caso, e teria recebido a informação de que ele está acompanhando caso de perto.
Agilidade
Boatto por sua vez negou que estivesse distorcendo o assunto, disse que o caso merece agilidade e questionou a demora em exonerar o servidor em questão, sendo que na semana passada o prefeito teria sido informado pessoalmente sobre o caso. O vereador Gilberto Batata Mantovani (PSD) também questionou a exoneração, dizendo que, sendo cargo de confiança. ´pe ainda mais fácil resolver a situação para a exoneração.
Exoneração
E por falar em exoneração, corre nos bastidores uma conversa de que em breve o prefeito Lucas Zanatta pode estar fazendo algumas exonerações, mas não se sabe quantas e de onde seriam. Assim como as possíveis exonerações, onde podem estar inclusas a do diretor acusado de assédio, também podem vir mais uma série de nomeações de cargos que ainda estão em aberto. Ainda há muita gente que acredita ter direito a um cargo por ter prticipado da campanha do prefeito Lucas Zanatta, que desde seu início deixou claro em público que não iri barganhar cargos e troca de apoio.
E agora Robinson?
Em se tratando de nomeações, como será que ficará o caso do apoiador que gravou um áudio cobrando incisivamente um cargo de Zanatta, por acreditar que levou muitos votos ao prefeito. O áudio vazou e gerou grande polêmica em torno de quem teria feito o áudio vazar. O autor diz que enviou apenas para um, agora, ex-amigo, que teria espalhado o conteúdo, que ao parar nas mãos do ex-vereador Marcelo Andorfato, ganhou ainda mais repercussão. Se a ideia era cobrar o cargo, o vazamento do áudio pode ter levado tudo água abaixo.