Com as chuvas intensas do verão, o risco de acidentes com escorpiões aumenta significativamente. Esses animais, que se abrigam em locais úmidos e escuros, são frequentemente encontrados em áreas urbanas devido ao crescimento desordenado das cidades.
O aumento no número de ocorrências nesta época do ano preocupa especialistas, especialmente porque crianças de até 10 anos, idosos e pessoas com doenças crônicas formam o grupo de risco para as picadas, que podem levar a complicações graves, incluindo reações alérgicas severas e, em casos extremos, óbito.
A professora de Medicina Veterinária do Unitoledo Wyden, Dra Talita Bragança, explica que o escorpião amarelo ( Tityus serrulatus), é um dos mais perigosos, pois sua peçonha pode causar óbito. “Os escorpiões não atacam, mas picam ao se sentirem ameaçados. O problema é que, ao procurarem abrigo dentro das residências, eles podem acabar em contato direto com os moradores”, alerta.
A professora também destaca que o período chuvoso favorece a proliferação de escorpiões, já que a umidade elevada propicia um aumento reprodutivo. “É fundamental reforçar os cuidados preventivos, como vedar frestas, manter ralos fechados e não acumular materiais em quintais. Pequenas ações podem reduzir significativamente o risco de acidentes”, orienta.
O Estado de São Paulo conta com centros especializados no atendimento a pessoas picadas por animais venenosos, que são abastecidos com antídotos. Ao todo, são mais de 220 unidades com esses recursos, abrangendo todas as regiões do estado. A lista completa pode ser conferida no link – https://cievs.saude.sp.gov.br/soro/
Para evitar acidentes, é essencial adotar medidas preventivas, como:
Tampar ralos e caixas de gordura.
Manter quintais e terrenos limpos.
Não acumular lixo e materiais de construção.
Sacudir roupas e calçados antes de usá-los.
Manter a casa livre de insetos, principalmente baratas, que são a principal fonte de alimento dos escorpiões.
Em caso de picada, a recomendação é procurar atendimento médico imediatamente. O tratamento pode incluir a aplicação de soro antiescorpiônico, especialmente para pacientes do grupo de risco, mas principalmente o manejo da dor. É importante não tentar tratar a picada em casa e buscar ajuda profissional o mais rápido possível.