Policiais da Deic de Araçatuba prenderam na manhã desta quinta-feira (27) em São Paulo, Juliana Aparecida Pires Barbosa, acusada de ter matado o namorado, o mecânico Daniel Siqueira Magalhães, de 36 anos, com 13 facadas no dia 29 de julho do ano passado, no início da vicinal Jocelin Gostaria, prolongamento da Rua Aviação, em Araçatuba.
Ela foi presa em São Paulo e não resistiu. Desde a decretação da prisão de Juliana, a Delegacia de Homicídios passou a realizar diligências visando localizá-la e cumprir a ordem de prisão, as quais consistiram em trabalhos de inteligência policial e campanas em várias cidades, inclusive em São Paulo Capital.

Na madrugada desta quinta-feira equipes da DEIC de Araçatuba (1 equipe DH, 1 equipe da DIG e 1 equipe da DISE), com apoio de 4 equipes da DHPP/Capital, coordenadas pelo Delegado Dr. Antônio Paulo Natal e participação do Delegado Dr. Aderval Ramos de Oliveira Junior e Gabriel Brienza, cumpriram seis mandados de busca domiciliar em cinco bairros na cidade de São Paulo, culminando com a localização e prisão de Juliana.
O crime
O assassinato ocorreu na noite de 29 de julho de 2024, no prolongamento da Rua Aviação, em Araçatuba. O corpo de Daniel foi encontrado dentro de seu veículo, um Astra prata, no assoalho do banco do passageiro.
A polícia chegou até o corpo depois que uma mulher, que estava aparentemente em estado de choque e com manchas de sangue na roupa, abordou um guarda municipal de folga na via Aguinaldo Fernando dos Santos, próximo a entrada do condomínio Terra Nova.
Juliana, que seria namorada da vítima, teria pedido ajuda e levado o guarda até o local onde estava o carro da vítima. O corpo foi encontrado no interior do veículo, no assoalho do banco do passageiro. A PM foi acionada e o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) enviou uma equipe da unidade avançada. O médico que esteve no local constatou que o homem já estava sem vida.
A mulher foi conduzida ao plantão policial e liberada após prestar depoimento. Inicialmente, Juliana alegou que dois homens teriam assassinado Daniel, mas, algumas horas depois, mudou sua versão dos fatos, levantando suspeitas e chamando a atenção dos investigadores.

Magalhães morava com o pai. Ele atuava como mecânico e há sete meses estava com sua própria oficina, em um pequeno barracão construído em frente a casa onde residia com o pai, aposentado, no bairro Santana. No local contava com um parceiro e ambos trabalhavam com manutenção de motores e suspensão automotiva.
Investigações
As investigações concluíram que Juliana matou Daniel Siqueira Magalhães a facadas após ele manifestar a intenção de terminar o relacionamento. Ficou apurado que, no momento do crime, a vítima não teve qualquer chance de se defender, sendo atacada de forma brutal. Diante disso, a polícia enquadrou o homicídio como qualificado, com incidência das qualificadoras de motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de resistência da vítima.
Durante as apurações, a Polícia Civil solicitou a prisão temporária de Juliana, mas o pedido foi negado pelo Juízo. Com isso, ela tomou conhecimento de que era a principal suspeita e fugiu de Araçatuba, passando a viver em local incerto.
Com a conclusão do inquérito, a polícia solicitou a prisão preventiva da investigada, o que foi aceito pela Justiça. Desde então, Juliana passou a ser considerada foragida. Nesse período, ela ainda tentou revogar a prisão por meio de um Habeas Corpus, mas o pedido foi negado.
Agora, presa em São Paulo, Juliana permanecerá detida à disposição da Justiça, aguardando julgamento.