A Prefeitura de Birigui tem uma dívida apurada de cerca de R$ 180 milhões nesse início de mandato da prefeita Samanta Borini e do vice-prefeito Marcelo Parizati. O município também enfrenta dificuldade com a logística do transporte de pacientes que necessitam de tratamento médico fora da cidade.
A questão financeira e as medidas adotadas para atender os pacientes, foram os assuntos abordados em entrevista coletiva, realizada na manhã desta segunda-feira (06), no auditório do Centro Administrativo.
Além da prefeita Samanta e do vice-prefeito, participaram da entrevista coletiva, o chefe de gabinete, Paulo Batista de Souza, e o secretário de Saúde, Roque Haroldo Bomfim.
Sobre a dívida herdada, a prefeita informou que R$ 100 milhões é com fornecedores, que conforme ela, não recebem desde maio do ano passado. “Vamos fazer um estudo, em cima de tudo o que estava em aberto, com esses fornecedores, para estar fazendo o acerto com todos”, afirmou Samanta.
O levantamento feito pela Secretaria Municipal de Planejamento e Finanças, mostra ainda que R$ 80 milhões são referentes a chamada dívida ‘fundada’, cujo pagamento é feito a longo prazo como, por exemplo, os financiamentos e até mesmo o Biriguiprev.
A Secretaria de Planejamento e Finanças irá instituir uma comissão para acompanhar o passivo financeiro encontrado.
Folha de pagamento
Diante da situação financeira desfavorável do município a prefeita Samanta disse que não terá outra alternativa senão realizar o pagamento dos salários dos servidores municipais de maneira escalonada. A folha de pagamento mensal da Prefeitura de Birigui é de R$ 12 milhões. Os pagamentos terão início no dia 8 de janeiro, priorizando os menores salários, até que sejam todos os pagamentos concluídos.
Voto de confiança
O vice-prefeito Marcelo Parizati pediu um voto de confiança à população e aos fornecedores, afirmando que todos os problemas que envolvem a Prefeitura de Birigui hoje são financeiros.
“A gente não vai conseguir colocar a casa em ordem no primeiro mês, no segundo mês. Isso é um trabalho de gestão, nós vamos ter que administrar esse débito todo”, pontuou o vice-prefeito.
Parizati disse ainda que o momento é de sentar e analisar a situação, que de acordo com ele, é muito crítica. Ele não se comprometeu em dar um prazo para fazer os pagamentos, apesar de afirmar que a Prefeitura irá regularizar a situação. “O que a gente pode afirmar é o seguinte, nós vamos solucionar o problema, o mais rápido possível”, declarou.
Veículos “sucateados”
Samanta Borini aproveitou a presença dos jornalistas para explicar, de forma detalhada, as medidas adotadas para que nenhum paciente do município que precisa de transporte para tratamento médico fora da cidade, fique desassistido.
Um decreto foi publicado no final da semana passada para oficializar a situação crítica encontrada no transporte da saúde. No documento a prefeita também elencou medidas adotadas para atenuar o dano aos pacientes, que estavam sem transporte desde o dia 12 de dezembro do ano passado.
“Estamos usando veículos da Educação e da Assistência Social e, desde o dia 1º de janeiro, quando assumimos a Prefeitura, nenhum munícipe ficou sem o transporte para atendimento na saúde, fora de Birigui”, explicou a prefeita.
A próxima etapa, conforme a prefeita, é reorganizar a frota da saúde e melhorar a escala de horários para os pacientes.