A pedido do MPSP, a Justiça condenou um homem pelo estupro, morte e ocultação de cadáver de uma vizinha em Apiaí, no interior de São Paulo. O crime aconteceu no bairro Motocross em 2017.
A sentença, confirmada em acórdão da 16ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça publicado em novembro de 2024, foi de 46 anos e 7 meses de prisão em regime inicial fechado. O réu teve sua prisão decretada pela juíza Isabela Canesin Dourado Figueiredo Costa.
Decidido a estuprar a mulher, o homem ofereceu R$ 100 para um adolescente atraí-la a uma emboscada. Atacada de surpresa no local dos fatos, a vítima foi agredida e amarrada, sofrendo os ataques de natureza sexual ainda na presença do adolescente.
Para assegurar a ocultação e a impunidade do estupro, o criminoso usou uma peça de roupa para enforcar a mulher até a morte. O corpo foi mantido por quatro dias no banheiro da casa do réu. Em seguida, ele tentou colocar o cadáver dentro da casa da vítima, mas abandonou-o em uma lata de lixo quando outra vizinha ouviu barulhos da janela do imóvel sendo aberta e ameaçou chamar a polícia. A avó do adolescente envolvido no caso foi quem acabou encontrando o cadáver.
O Judiciário acatou a tese do Ministério Público de que houve um feminicídio qualificado pelo meio cruel por tortura e asfixia; recurso que dificultou a defesa da vítima e tentativa de esconder crime anterior. Atuaram no caso os promotores Lucas Damasceno de Lima, Sidney Sydow, Thaís Hidd e Renan Rodrigues.