Resumo da notícia
- Investigação policial: A Polícia Civil abriu inquérito para apurar possível apologia ao crime cometida por 11 homens em Catanduva (SP), após viralização de vídeo com gesto semelhante à saudação nazista.
- Denúncia: A investigação foi solicitada pelo Ministério Público, que recebeu quatro denúncias relacionadas ao caso.
- Defesa dos envolvidos: O grupo afirma que o gesto foi irônico, inspirado em Elon Musk, e pediu desculpas pelo ocorrido.
Gesto irônico em vídeo leva grupo de Catanduva a ser investigado por apologia ao nazismo
A Polícia Civil de Catanduva (SP) abriu um inquérito nesta segunda-feira (27) para investigar um grupo de 11 homens que aparece em um vídeo fazendo um gesto que remete à saudação nazista. As imagens viralizaram nas redes sociais no último sábado (25), gerando grande repercussão e denúncias por apologia ao crime.
Segundo o delegado Seccional de Catanduva, João Lafayette Sanches Fernandes, a investigação foi instaurada a pedido do Ministério Público (MP), que recebeu pelo menos quatro denúncias sobre o vídeo. O promotor de Justiça Gilberto Ramos de Oliveira Junior encaminhou o caso para apuração após avaliar o conteúdo das imagens.
Os investigados, por meio de nota, pediram desculpas pelo ocorrido e explicaram que o vídeo foi gravado durante uma reunião entre amigos. Eles alegaram que o gesto foi feito de forma irônica, inspirado em uma ação de Elon Musk durante a posse do ex-presidente norte-americano Donald Trump. O grupo afirmou ainda que a publicação foi feita por um dos presentes sem o consentimento dos demais, o que teria descontextualizado a intenção original.
“O episódio ocorreu em um ambiente privado. Um dos presentes publicou uma fração do vídeo sem áudio, e o conteúdo viralizou. Ao perceber o equívoco, a pessoa logo excluiu a postagem”, explicou o grupo na nota enviada à imprensa.
Os envolvidos também reforçaram que não possuem vínculos com grupos ou ideologias extremistas. “Regimes de extremismo, abominados por todos os integrantes do grupo, não devem ser banalizados ou normalizados. Reconhecemos a falha e os efeitos que esse tipo de gesto pode ocasionar”, declararam.
O inquérito segue em andamento e os investigados podem ser responsabilizados caso seja constatada a prática de apologia ao crime, conforme previsto no Código Penal Brasileiro.