Luís Fernando Silla de Almeida, 46 anos, confessou à polícia que matou e esquartejou o menino Mateus Bernardo Valim de Oliveira, de 10 anos, em Assis, no interior de São Paulo. O caso teve grande repercussão na imprensa nos últimos dias. O réu confesso está preso e o delegado responsável pelo caso, Tiago Bergamo, falou com a imprensa nessa quarta-feira (18).
Mateus desapareceu após sair de casa para andar de bicicleta em Assis. O corpo foi encontrado cinco dias depois após intenso trabalho de investigação e de buscas pela região.
O acusado do crime era amigo da família da vítima e conhecido da mãe do menino. Segundo a Polícia Civil, Mateus frequentava a casa de Luís Fernando, onde eles consertavam bicicletas juntos. Ainda conforme a polícia, o ato do suspeito de ajudar crianças com consertos de bicicletas era comum.
Inveja da felicidade
O delegado também revelou que, ao confessar o homicídio aos policiais, o vizinho disse ter ouvido vozes que o incentivaram a cometer o crime e que sentia inveja da alegria das crianças do bairro, motivo pelo qual buscava se aproximar delas.
“O que ele nos contou foi que sentia meio que inveja da felicidade das crianças, algo assim. E, aí, essas vozes que levaram ele a fazer esse ato aí bárbaro”, afirmou o delegado, segundo o g1.
Desaparecimento
Mateus desapareceu em 11 de dezembro, após sair de casa, em Assis, para andar de bicicleta pela vizinhança. No mesmo dia, ele foi visto em imagens de câmeras de segurança pedalando sozinho pela rua, cerca de 1 km do local onde seu corpo seria encontrado dias depois.
Na segunda-feira (16), a polícia teve acesso a novas imagens que mostraram Mateus acompanhado do suspeito na região onde o corpo foi localizado.
Casa invadida
A casa de Luís Fernando, localizada na Vila Central, em Assis, foi invadida e teve vários cômodos destruídos pela população revoltada na manhã desta quinta-feira (19). A casa estava sendo preservada pela polícia desde o início das investigações para perícia do IC (Instituto de Criminalística). Após o trabalho, a residência foi liberada e se tornou alvo da população enfurecida pela crueldade do crime praticado pelo morador.
Luís Fernando foi transferido para uma penitenciária da região enquanto cumpre prisão temporária até o conclusão do inquérito. De acordo com a polícia, a prisão deverá ser convertida em preventiva (sem prazo).