O Ministério da Defesa anunciou que, pela primeira vez, as Forças Armadas abrirão alistamento militar para mulheres em 2025. A iniciativa pioneira permitirá que jovens que completem 18 anos em 2025 se voluntariem para o Serviço Militar Inicial entre 1º de janeiro e 30 de junho.

Ao todo, serão ofertadas 1,5 mil vagas iniciais distribuídas entre Exército (1.010 vagas), Marinha (155 vagas) e Aeronáutica (300 vagas), em 28 municípios de 13 estados e no Distrito Federal. As candidatas poderão realizar o alistamento online ou presencialmente em uma Junta de Serviço Militar, desde que preencham os critérios básicos: residir em uma das cidades contempladas e ter nascido em 2007.

Processo de Seleção

As mulheres passarão por etapas de recrutamento que incluem entrevista, inspeção de saúde e testes físicos. Durante o processo, será possível escolher a Força Armada na qual desejam ingressar, porém, a designação final dependerá da aptidão da candidata e da disponibilidade de vagas.

Prazo para alistamento militar vai até 30 de junho; saiba como fazer

Alistamento militar pode ser feito até 30 de junho

A incorporação ocorrerá em duas datas: de 2 a 6 de março ou de 3 a 7 de agosto de 2026. As selecionadas ocuparão graduações iniciais, como soldado no Exército ou marinheiro-recruta na Marinha, com direitos e deveres equivalentes aos dos homens.

O tempo de serviço será de 12 meses, com possibilidade de prorrogação por até oito anos, dependendo do interesse do comando e da própria militar. Durante o período, elas terão acesso a benefícios como remuneração, auxílio-alimentação, licença-maternidade e contagem de tempo para aposentadoria.

Estrutura e Impacto

As cidades que ofertarão as vagas já possuem estruturas preparadas para receber mulheres, com alojamentos e outras adaptações. Entre as localidades participantes estão São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba, além de municípios menores como Valparaíso de Goiás e Guaratinguetá (veja lista completa abaixo).

Atualmente, as mulheres representam cerca de 10% do efetivo das Forças Armadas, atuando principalmente em áreas como saúde, ensino e logística. Com essa iniciativa, o Ministério da Defesa busca aumentar gradualmente a participação feminina, com meta de atingir 20% das vagas do Serviço Militar Inicial nos próximos anos.

“Vai trazer às mulheres essa possibilidade de compor a força de trabalho, eu diria até de qualificar ainda mais a força de trabalho que ingressa voluntariamente às Forças. […] Elas vão poder entrar e conhecer as Forças, e participar de todo esse processo que implica em uma transformação social, uma transformação do caráter da cidadã”, destacou o contra-almirante André Gustavo Guimarães, subchefe de Mobilização da Defesa.