A cidade de Rio Claro, no interior paulista, tornou-se palco de disputas violentas entre o Bando do Magrelo e o Primeiro Comando da Capital (PCC) pelo controle das atividades criminosas na região — principalmente o tráfico de drogas e de armas. Como resultado disso, quatro suspeitos foram assassinados a tiros em um período de aproximadamente 12 horas, no último sábado (23), conforme divulgou nesta terça-feira (26) o portal Metrópoles.
O primeiro a morrer foi Daniel de Paula Sobrinho, de 29 anos, executado dentro no salão de cabeleireiro que é dono, no bairro Jardim Palmeiras. Uma câmera de monitoramento (assista abaixo) registrou a chegada de dois pistoleiros, em um Volkswagen Gol branco, às 8h27. A dupla estaciona em frente ao salão, no qual entra correndo e onde havia clientes.
Daniel, ligado ao Bando do Magrelo, quadrilha local com forte poder de fogo — segundo apurado pelo Metrópoles — foi alvo de ao menos 30 tiros e morreu ainda no local. Toda a ação, incluindo a fuga, durou pouco mais de 20 segundos.
O líder da quadrilha rival do PCC, Anderson Ricardo de Menezes, o Magrelo, foi preso em 23 de maio do ano passado em Borborema, a cerca de 210 quilômetros de distância de Rio Claro. Ele chegou a afirmar ser o “Novo Marcola” — líder máximo da maior facção do Brasil — devido à influência de seu bando na região.
Magrelo foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP). A Justiça atribui ao traficante ao menos 30 mortes na região.
Triplo assassinato
Cerca de 12 horas depois da morte de Daniel, o Bando do Magrelo vingou a morte do seu integrante.
Conforme registros policiais, obtidos pelo Metrópoles, a quadrilha local matou a tiros: José Cláudio Martins Nunes, de 50 anos, Gabriel Lima Cardoso, 26, e Marcelo Henrique Ferreira, 27, todos membros do PCC.
Marcelo foi morto com um tiro na cabeça e outro na nuca, no meio da rua, no Jardim Rio Claro. A cerca de dez metros de distância, havia um Fiat Mobi, com o motor ainda ligado. Suspeita-se que esse carro foi usado pelos assassinos — que ainda abandonaram no local um carregador prolongado de pistola e munições, intactas, calibre 9 milímetros.