A ex-esposa de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, responsável pelas explosões em Brasília na última quarta-feira (13), teria provocado um incêndio na casa em que ambos residiram em Rio do Sul (SC). O incidente ocorreu na Rua Barão do Rio Branco, no bairro Budag, em uma residência de 50 metros quadrados, que também abrigava o chaveiro aberto por Luiz para seu filho.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a mulher sofreu queimaduras de 1º, 2º e 3º graus em 100% do corpo e foi retirada do local por transeuntes antes da chegada dos militares. Ela foi prontamente atendida, estabilizada e encaminhada ao pronto-socorro do hospital regional. Imagens divulgadas mostram o incêndio consumindo a estrutura de madeira da residência, que ficou gravemente danificada.
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Familiares confirmaram que a ex-esposa, que havia prestado depoimento à Polícia Federal (PF) após o atentado em Brasília, foi a responsável pelo ato. A PF, por sua vez, está investigando o caso em Brasília como um possível ato de terrorismo e ataque ao Estado Democrático de Direito, considerando indícios de planejamento detalhado e possíveis ligações com eventos de 8 de janeiro.
A ex-mulher de Luiz afirmou à Polícia Federal em Santa Catarina que o principal alvo de seu ex-marido era o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. “Ele falou que mataria ele e se mataria”, relatou. Amigos de Luiz contaram que ele se radicalizou e apresentava sinais de instabilidade mental após o divórcio. O deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC), também de Rio do Sul, descreveu Luiz como uma pessoa com “sérios problemas mentais”.
Luiz, além de atuar como chaveiro, era proprietário da empresa MP Mercado Popular desde 2019, com atividades que incluíam comércio de veículos e serviços de bar e discoteca.