Por vezes trazemos para o campo do sentir, para o campo dos afetos, ações que são do campo das coisas. Você pode comparar produtos, mas não pode comparar sentir, não pode comparar afetos, não pode comparar dor, não pode comparar sofrimento.
Engana-se quem acha que é possível comparar dor, mal-estar ou sofrimento. Somos singulares, temos recursos emocionais e subjetivos que ninguém tem igual a ninguém. O que uma pessoa consegue enfrentar com leveza, outra não consegue….justamente pelo fato de termos uma caixinha de recursos única, singular e diferente uns dos outros.
Em tempos de tanta desorganização emocional, de tanto impacto mental e tanto adoecimento, se faz urgente:
não invalidar suas dores e tão pouco a dor do outro. Não ignorar suas questões emocionais, e tão pouco as questões do outro. Não negligenciar os sintomas que comparecem no seu sentir.
Não há nenhum tipo de equidade em atos de comparação.
Como cogitar que o meu sofrer é maior que o sofrer do outro, se essa outra pessoa foi constituída de uma maneira singular e completamente diferente da minha?
Dor não se compara, dor se ampara.
É possível e necessário parar de se comparar, se relacionar melhor consigo e com a sua história, com a sua singularidade; e mudar a forma de estar na vida e nas relações!
Repense a forma como você tem conduzido sua vida.
Priorize sua Saúde Mental.
Por uma cultura de cuidados com a Saúde Mental.
Setembro Amarelo: de Setembro a Setembro.
(*) Eliane Cabral é Psicóloga Clínica, Especialista em Prevenção e Pósvenção em Suicídio, Especialista em Saúde Mental; Percurso em Psicanálise.