Samantha Borini (PSD) foi eleita a primeira prefeita da história de Birigui (SP), após 113 anos de existência do município. A eleição, realizada no domingo (6), marca um momento histórico, já que até hoje a cidade sempre foi governada por homens.
Samantha entrou na disputa de forma inesperada, no último dia do prazo para substituição de candidatos, em 16 de setembro. Ela assumiu o lugar do pai, Wilson Borini (União Brasil), que teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral. Apesar da entrada tardia na corrida eleitoral, Samantha conseguiu mobilizar os eleitores e venceu com 24.663 votos, o que equivale a 41,86% dos votos válidos. Ela concorreu pela coligação “Birigui Minha Paixão!”, composta pelos partidos PSD, União Brasil e MDB.
O segundo colocado na disputa foi o ex-prefeito Cristiano Salmeirão (Avante), que obteve 16.535 votos (28,06%), seguido por Aécio Lima (Republicanos), com 7.788 votos (13,22%), André Fermino (PP), com 6.995 votos (11,87%), e Karlliny Martins (PT), que alcançou 2.936 votos (4,98%). A vitória de Samantha Borini também representa a concretização de uma estratégia que seu pai já havia tentado em 2016. Naquela ocasião, Wilson Borini indicou sua esposa, Geni Albani Borini (in memoriam), para concorrer à Prefeitura após ser declarado inelegível, mas ela acabou sendo derrotada por Cristiano Salmeirão, que administrou a cidade entre 2017 e 2020.
Compra de votos
Wilson Borini foi impedido de concorrer novamente devido a uma condenação por compra de votos em 2015, referente às eleições municipais de 2012. A sentença resultou em uma pena de um ano, 11 meses e 10 dias de reclusão, além da perda dos direitos políticos. Ele chegou a registrar sua candidatura, mas foi indeferido tanto pela Justiça Eleitoral de Birigui quanto pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo). Mesmo tendo a possibilidade de recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ele decidiu renunciar no dia 16 de setembro, quando sua filha Samantha assumiu sua candidatura.