A candidíase oral, também conhecida como sapinho, é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans. Essa condição é mais comum em bebês e crianças pequenas, cujo sistema imunológico ainda está em desenvolvimento. No entanto, adultos com imunidade baixa, como portadores de HIV/Aids, câncer, diabetes e outras doenças crônicas, também são suscetíveis, assim como aqueles que utilizam próteses dentárias.
“O fungo que provoca a candidíase é normalmente encontrado em pequenas quantidades na boca e em outras áreas do corpo, mas pode causar problemas quando se multiplica descontroladamente”, explica o Dr. Sergio Lago, Cirurgião Dentista, Implantodontista e Doutor em Periodontia. Os principais sintomas da candidíase oral incluem manchas brancas na língua, nas bochechas, no céu da boca e na garganta, além de dor e dificuldade para engolir.
Se não tratada, a infecção pode se espalhar para a laringe e o esôfago, causando complicações como inflamação severa e rouquidão. Por isso, ao notar os primeiros sinais, é fundamental procurar um dentista ou médico.
Fatores de risco
Além da baixa imunidade, o surgimento da candidíase oral pode ser favorecido por diversos fatores, como o uso de antibióticos de amplo espectro, que alteram a flora normal do corpo, permitindo o crescimento descontrolado do fungo. Idosos, devido ao enfraquecimento natural do sistema imunológico e alterações na flora oral, também estão mais suscetíveis. O uso prolongado de corticosteroides, especialmente inaladores para asma, pode suprimir a imunidade e desencadear a infecção. Outros fatores incluem as mudanças hormonais durante a gravidez e o estresse, que enfraquece o sistema imunológico.
Tratamento
O tratamento da candidíase oral deve ser indicado por um dentista ou médico, com base na gravidade do caso. Normalmente, envolve o uso de medicamentos antifúngicos, como Nistatina, Clotrimazol, Fluconazol ou Itraconazol, este último recomendado em casos mais graves ou recorrentes. Além disso, o paciente deve manter uma boa higiene bucal, escovando os dentes pelo menos duas vezes ao dia, usando fio dental e enxaguante bucal, conforme orientação do dentista.
Prevenção
Para prevenir a candidíase oral, é importante controlar os fatores de risco. Pacientes diabéticos devem monitorar seus níveis de glicose no sangue, enquanto pessoas que utilizam corticosteroides podem precisar ajustar a dosagem do medicamento, sob orientação médica. Para todos, manter uma dieta balanceada e evitar alimentos ricos em açúcar são medidas preventivas, assim como ingerir bastante água, que ajuda a manter a boca úmida e a combater a proliferação do fungo.
Visitas regulares ao dentista são fundamentais para o diagnóstico precoce e a prevenção de problemas como a candidíase oral. “O cuidado contínuo com a saúde bucal é a melhor forma de evitar complicações”, conclui o Dr. Sergio Lago.