Todos os meses, a GS Inima SAMAR, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto de Araçatuba (SP), precisa destinar ao aterro sanitário mais de duas toneladas de lixo que chegam pela rede de esgoto no gradeamento das Estações Elevatórias e na entrada da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
Além disso, a empresa contabiliza, por mês, uma média de 300 chamados referentes à desobstrução de esgoto em toda a cidade.
Esses números representam transtornos tanto para os moradores quanto para a empresa, que precisa desobstruir redes, consertar trechos rompidos, interditar ruas e lidar com o retorno de esgoto para dentro das casas.
Apenas em agosto, a GS Inima SAMAR realizou 453 desobstruções de redes, um aumento de 30% em comparação com o mesmo período do ano passado. E, em dois meses, a concessionária limpou mais de 10 mil metros de redes de esgoto e 116 poços de visita (PVs), retirando deles 1.260 litros de lixo.
Uma medida que evitaria todos os danos citados seria jogar tudo o que é sólido no lixo. Papel higiênico, cabelo, lenço umedecido, preservativo, fralda descartável, entre outros tantos itens encontrados na rede coletora de esgoto, não devem ser descartados em vasos sanitários, poços de visitas (ou as famosas boca-de-lobo) ou no meio ambiente. O óleo de cozinha também precisa ser devidamente descartado em garrafas PET, ao invés de ser jogado na pia.
A campanha “Esgoto não é lixeira – Não alimente esse monstro”, da GS Inima SAMAR, pretende alertar a população para não jogar lixo no esgoto. Lançada neste mês de setembro, a ação publicitária contempla outdoors em pontos estratégicos da cidade, anúncio em jornal e redes sociais.
“Nos últimos meses, temos tido registros muito frequentes de desobstrução de redes em pontos específicos da cidade, isso causa muito transtorno aos moradores daquela localidade, além de desviar os esforços das nossas equipes para outros serviços mais sensíveis. Por isso, realizamos esta campanha com o intuito de conscientizar a todos sobre a importância de destinar apenas resíduos líquidos na rede de esgoto”, explica o Gerente de Operação & Manutenção da concessionária, Lucas Dalri.
“Temos observado também, nos chamados atendidos, que as pessoas têm utilizado os poços de visita como tambor de lixo, o que é completamente errado. Isso obstrui a passagem do esgoto – que deve ser líquido – e retorna todo o material para dentro das casas ou causa extravasamento na própria rua”, completa.
Ligação cruzada
A ligação cruzada, quando o encanamento por onde a água da chuva escoa é ligado diretamente no ramal do esgoto, é outro problema que causa retorno de esgoto e uma sobrecarga na rede coletora da cidade.
Em períodos chuvosos, o grande volume de água da chuva provoca extravasamento, deslocamento das tampas dos poços de visitas, retorno de esgoto nas casas e mau cheiro.