O sexto debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado nesta terça-feira (17) pela RedeTV e UOL, foi marcado por intensos confrontos, especialmente envolvendo Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e José Luiz Datena (PSDB). Logo no início, Marçal elevou o tom durante um embate com Nunes, levando a mediadora Amanda Klein a intervir e pedir respeito. “O debate tem que ser sobre política, não sobre polícia”, afirmou a jornalista.
Marçal chamou Ricardo Nunes de “bananinha”, sendo repreendido pela mediadora. Em seguida, lançou ofensas a Datena, comparando suas atitudes às de um “orangotango” no debate anterior da TV Cultura. Nunes e Datena solicitaram direito de resposta. O atual prefeito criticou os ataques dizendo que “essas agressões o tempo inteiro nos incomodam”, enquanto Datena lembrou que Marçal já foi condenado pela Justiça, afirmando que “não bate em covarde duas vezes”.
Em outro momento, Marçal trouxe à tona uma antiga acusação contra Nunes, referindo-se a ele como “tchutchuca do PCC”, intensificando o clima de tensão. Nunes, por sua vez, rebateu afirmando que Marçal é o candidato mais rejeitado e destacou seu relacionamento com a esposa, alvo das acusações de Marçal.
O debate teve momentos mais amenos no segundo bloco, quando Marina Helena (Novo) questionou Tabata Amaral (PSB) sobre seu relacionamento com João Campos, prefeito de Recife. Tabata respondeu com ironia, sugerindo que Marina assista à sua série no YouTube para entender sua vida pessoal. “Isso é um delírio grave, Marina. Com todo respeito, aguarde um processo. Isso não corresponde à realidade”, disse Tabata.
No terceiro bloco, as provocações voltaram quando Marçal atacou Guilherme Boulos (PSOL), questionando suas prisões passadas. Boulos rebateu, acusando Marçal de viver de mentiras. Durante o confronto, Marçal chegou a colar um adesivo com seu número de campanha na boca, em tom de ironia.
O debate ocorre em meio à polêmica de agressão entre Datena e Marçal, no debate da TV Cultura no domingo (15), quando Datena atingiu Marçal com uma cadeira após uma acusação.