Em setembro, Araçatuba (SP) registrou apenas 4 mm de chuva, um valor extremamente inferior à média histórica para o mês, que é de 63 mm. Esse cenário de estiagem prolongada está intensificando a crise hídrica na cidade, gerando risco de desabastecimento e favorecendo a ocorrência de queimadas na região.
A seca prolongada tem afetado principalmente o leito do Córrego Baguaçu, que é responsável por fornecer 50% da água consumida pela população. Com mais de 40 dias sem chuvas significativas, o volume de água disponível no Baguaçu está cada vez mais baixo, comprometendo a captação feita pela Estação de Tratamento de Água (ETA) Baguaçu, que atende 76 bairros e 29 condomínios. No último domingo (29), a Zona Leste da cidade ficou por horas sem água devido à redução na pressão de bombeamento realizada pela GS Inima Samar, visando preservar o abastecimento geral.
A previsão de chuvas para os primeiros dias de outubro não é animadora. Segundo o Instituto Climatempo, há uma possibilidade de garoa na noite de quinta-feira (3), mas o volume estimado é de apenas 0,04 mm, insuficiente para minimizar os impactos da estiagem. No dia 9 de outubro, há 43% de chance de ocorrer uma precipitação de 5,7 mm, e apenas no dia 10 há a expectativa de um volume um pouco maior, com 15 mm de chuva.
Além da seca, as altas temperaturas também têm contribuído para o agravamento da situação. Araçatuba enfrenta a oitava onda de calor do Brasil, com termômetros marcando mínimas entre 19°C e 26°C e máximas que variam de 37°C a 41°C. Essas temperaturas elevadas aumentam o consumo de água, complicando ainda mais o cenário de escassez.
Desde maio, a cidade registra índices de chuva abaixo da média para cada mês. Os dados, fornecidos pelo Instituto Climatempo, combinam informações de estações meteorológicas locais e do satélite do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). A expectativa dos moradores agora se volta para a chegada de chuvas mais expressivas que possam normalizar a situação e reduzir o risco de desabastecimento.