Uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o uso de TV por assinatura continua em queda nos lares brasileiros, enquanto os serviços de streaming ganham cada vez mais espaço. Em 2023, apenas 25,2% dos domicílios tinham TV paga, uma redução significativa em comparação com 2016, quando o índice era de 33,9%.
A pesquisa, parte do suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, aponta que a falta de interesse foi a principal razão citada pelos entrevistados para não assinarem TV fechada. 64% dos respondentes mencionaram esse motivo, superando o custo do serviço, que foi apontado por 34,9% dos participantes. Em anos anteriores, o preço elevado era a maior barreira, mas o crescente interesse por outras formas de entretenimento, como o streaming, alterou esse cenário.
O levantamento também mostra o avanço dos serviços de streaming, que estão presentes em 42,1% dos lares com televisão. Apesar do aumento numérico, esse número representa uma leve queda percentual em relação ao ano anterior, quando o índice era de 43,4%. Desde 2016, o número de famílias que justificam a substituição da TV por assinatura pelo streaming subiu de 1,6% para 9,5% em 2023.
Além disso, o estudo destacou as diferenças regionais no acesso ao streaming pago. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste lideram, com aproximadamente metade dos lares tendo acesso a esses serviços, enquanto o Norte e Nordeste apresentam menor adesão, com 37,5% e 28,2%, respectivamente.
A televisão aberta também enfrenta desafios. Segundo o IBGE, 5,7% dos lares brasileiros não possuem mais televisão, um aumento significativo em relação aos 2,8% registrados em 2016. A presença da TV aberta está em declínio, sendo impactada pela popularização dos serviços de streaming e pelas mudanças nos hábitos de consumo de mídia.
Por fim, a pesquisa abordou a substituição das antenas parabólicas analógicas pelas digitais. Em 2023, 772 mil famílias ainda dependiam exclusivamente do sinal das grandes parabólicas, que será descontinuado devido ao avanço do 5G.