O presidente da Apae de Bauru, Roberto Franceschetti Filho, foi preso na tarde de quinta-feira (15) sob suspeita de envolvimento no desaparecimento da funcionária Claudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos. Claudia, que ocupava o cargo de secretária executiva da diretoria da entidade, foi vista pela última vez na tarde do dia 6 de agosto, quando saiu para resolver assuntos de trabalho.
A prisão de Franceschetti ocorreu em sua residência, onde a polícia também apreendeu uma pistola calibre 380. Esse detalhe é relevante para a investigação, pois uma cápsula de bala do mesmo calibre foi encontrada no veículo que Claudia usou pela última vez. Além disso, vestígios de sangue foram identificados no carro, reforçando as suspeitas contra o presidente da Apae.
De acordo com a polícia, sinais de celular captados por torres de transmissão indicam que Roberto Franceschetti esteve no local onde o carro de Claudia foi localizado, no bairro Vila Dutra, no dia 6 de agosto. O veículo foi encontrado estacionado na manhã seguinte, com a chave deixada no quebra-sol.
Após sua prisão, Roberto Franceschetti Filho foi transferido para a penitenciária de Pirajuí, onde deve prestar depoimento nesta sexta-feira (16) e passar por uma audiência de custódia.
Em nota, a Apae de Bauru declarou estar surpresa com a prisão do presidente e afirmou que o fato não tem relação com os serviços prestados pela entidade, que continuam normalmente. A organização lamentou o desaparecimento de Claudia, funcionária com mais de 20 anos de casa, e garantiu que está cooperando com as autoridades para auxiliar nas investigações.
O desaparecimento de Claudia foi registrado por câmeras de segurança no momento em que ela saiu do prédio administrativo da Apae, na Rua Rodrigo Romeiro, com um envelope na mão. Segundo relatos, Claudia informou a uma colega de trabalho que iria resolver assuntos da Apae, mas deixou no local sua bolsa e celular, o que preocupou familiares.
A polícia segue investigando o caso, e novas informações devem surgir com o depoimento do suspeito.