A Organização Mundial da Saúde (OMS) e autoridades de saúde locais estão em alerta para conter o novo surto de Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos. A doença, recentemente classificada como uma emergência de saúde de interesse internacional, é motivo de preocupação, mas está longe de ser um dos vírus mais letais do mundo.
Apesar de o novo clado 1b da Mpox ter elevado a taxa de letalidade para cerca de 10% em algumas regiões, como na África Central, ainda existem vírus com potencial muito mais devastador. Conheça quatro deles:
1. Raiva
A raiva é considerada um dos vírus mais mortais da humanidade. Uma vez que os sintomas começam a aparecer, a infecção é quase sempre fatal, com uma taxa de mortalidade que se aproxima de 100%. O vírus é transmitido através da saliva de animais infectados, geralmente por mordidas, e ataca o sistema nervoso central. Embora a vacinação e o tratamento imediato após a exposição possam prevenir o desenvolvimento da doença, uma vez que os sintomas se manifestam, as chances de sobrevivência são mínimas.
2. Ebola
O vírus Ebola, descoberto pela primeira vez em 1976, é famoso por causar surtos de febre hemorrágica extremamente graves. Com uma taxa de letalidade que pode variar de 25% a 90%, dependendo do surto e das condições de tratamento, o ebola é uma das doenças mais mortais conhecidas. Transmitido por contato direto com sangue, secreções ou outros fluidos corporais de pessoas infectadas, o ebola pode devastar comunidades rapidamente, especialmente em áreas com sistemas de saúde fragilizados.
3. Marburg
Muito semelhante ao ebola, o vírus Marburg também causa febre hemorrágica e tem uma taxa de mortalidade extremamente alta, que pode chegar a 88%. O Marburg foi identificado pela primeira vez em 1967, durante surtos simultâneos na Alemanha e na antiga Iugoslávia, em pessoas que haviam sido expostas a macacos infectados. Assim como o ebola, o Marburg se espalha através do contato com fluidos corporais de indivíduos infectados e pode levar a uma morte dolorosa e rápida.
4. Nipah
Identificado pela primeira vez em 1998 na Malásia, o vírus Nipah é transmitido de animais para humanos, principalmente através do contato com morcegos frugívoros ou seus hospedeiros intermediários, como porcos. O Nipah é preocupante não apenas por sua alta taxa de letalidade, que pode chegar a 75%, mas também por seu potencial de causar doenças respiratórias graves e encefalite (inflamação do cérebro) nos infectados. Não existe vacina ou tratamento específico para o Nipah, o que aumenta o temor de que possa causar surtos mortais, especialmente em áreas rurais e com menos acesso a cuidados médicos.
Embora a Mpox exija atenção e medidas de controle, esses quatro vírus ilustram que o mundo ainda enfrenta desafios maiores quando se trata de doenças infecciosas com alto potencial letal. A vigilância e a resposta rápida são essenciais para evitar que esses “pesadelos da OMS” provoquem tragédias ainda maiores.