O Sesc Birigui recebe neste fim de semana monges do Monastério Drepung Loseling, do Tibete, em uma série de atividades culturais e espirituais inéditas na região. A programação acontece de sexta a domingo (23 a 25) e inclui a criação de uma mandala de areia tibetana, uma performance musical com cânticos multifônicos e uma vivência meditativa sobre a bondade universal.
Respaldada pelo Dalai Lama, a turnê As Artes Místicas do Tibete é promovida pela Tibet House Brasil e é uma oportunidade única para o público vivenciar de perto a riqueza de uma das tradições sagradas mais antigas do mundo, apresentadas por monges tibetanos que dedicaram suas vidas à contemplação e ao compartilhamento dessas práticas. A entrada para todas as atividades é gratuita e aberta a todas as idades.
Mandala
A programação dos monges em Birigui começa na sexta, às 13h, com o início da construção de uma mandala de areia tibetana, uma arte que tem mais de 2 mil anos.
A mandala, que simboliza a harmonia do universo, será construída grão a grão com areia colorida – feita de mármore triturado, pedras preciosas ou pigmentos naturais. Os monges usam funis de metal, conhecidos como chak-pur, em um processo que exige paciência, concentração e habilidade, já que cada grão de areia é meticulosamente posicionado para criar os detalhados padrões e símbolos.
A criação da mandala é precedida por uma cerimônia de abertura, com cânticos e mantras que consagram o local e invocam energias positivas. Em seguida, as linhas da mandala são traçadas conforme a orientação dos sagrados textos budistas. Os padrões geométricos utilizados não são apenas esteticamente agradáveis, mas também possuem um profundo significado, refletindo o equilíbrio e a simetria encontrados na natureza.
A figura central da mandala é, na maioria das vezes, uma representação de um Buda ou Bodhisattva, que simboliza a mente iluminada e o caminho para o despertar espiritual. A geometria sagrada das mandalas atua como uma ferramenta para a meditação, ajudando os praticantes a concentrar a mente e conectar-se com os aspectos divinos do universo.
No domingo (25), a mandala será destruída, exemplificando um dos mais profundos ensinamentos budistas: o de que todas as coisas são transitórias e sujeitas à mudança. A areia é varrida e colocada em uma urna, sendo metade distribuída ao público e a outra metade levada a um corpo d’água próximo, espalhando bênçãos de cura para o mundo.
De todas as tradições artísticas do Tibete, a criação das sagradas mandalas de areia é uma das vivências culturais e espirituais mais profundas.
Música
Na noite de sexta (23), às 20h, os monges realizarão uma performance musical na Área de Convivência. Vestidos em trajes tradicionais e utilizando instrumentos tibetanos autênticos, eles apresentarão cânticos para a cura mundial, em uma experiência que remonta às antigas celebrações espirituais dos mosteiros tibetanos.
O destaque da apresentação são os cânticos multifônicos, conhecidos como zokkay, onde cada monge entoa simultaneamente três notas, criando individualmente um acorde completo. Esta técnica vocal é única no mundo e faz parte de rituais sagrados do Tibete.
Vivência Meditativa
No domingo (25), das 10h às 12h, os monges conduzem a vivência meditativa Abrindo o coração: o despertar da mente da bondade universal. Após uma palestra sobre o tema, os participantes serão guiados em uma meditação que busca despertar a bondade interior e transformar a mente para o crescimento e a felicidade. Esta vivência é recomendada para maiores de 12 anos, com distribuição de senhas 30 minutos antes da atividade.
Serviço
VIVÊNCIA
Mandala de Areia Tibetana e seus Rituais
Com Monges do Monastério Drepung Loseling
De 23 a 25/8. Sexta a domingo, 13h às 18h.
Área de Convivência.
Grátis.
Todas as idades.
ESPETÁCULO
Música Tibetana e seus instrumentos
Dia 23/8. Sexta, 20h às 21h30.
Área de Convivência.
Grátis.
Todas as idades.
VIVÊNCIA
Abrindo o coração: o despertar da mente da bondade universal
Dia 25/8. Domingo, 10h às 12h.
Teatro do Sesc.
Grátis. Senhas 30 minutos antes.
A partir de 12 anos.