R.M.A., 36 anos, acusada de matar o irmão, Bruno Augusto Marques de Araújo, 31 anos, a tiros, no dia 22 de novembro do ano passado, foi denunciada pelo Ministério Público para que seja processada, pronunciada e julgada pelo Tribunal do Júri. Nesta terça-feira será realizada a audiência da ré, cuja defesa está sendo patrocinada pelos advogados Flávio Batistella e Daniel Madeira.
A mulher responde ao processo em liberdade e havia se apresentado à polícia uma semana após o crime. Na época um grupo de mulheres fez um ato em frente à delegacia em apoio a R.M.A., que alegou ter agido após tomar conhecimento de que o irmão teria abusado de sua filha, de 11 anos.
Na ocasião, em seu depoimento à polícia, a mulher admitiu ter atirado contra o irmão pelo fato dele ter abusado sexualmente da filha dela. A menina teria falado para familiares mais próximos que o tio “mexia com ela” e que a “tocava em suas partes íntimas”. No entanto, a denúncia teria sido abafada até a mãe descobrir e confrontar o irmão. Ele não negou o fato e Regiane teve certeza dos abusos. “Sob forte emoção, ela praticou o crime”, disse o advogado criminalista Flávio Batistella.
Ela ainda disse que usou a arma do próprio irmão para cometer o crime e que jogou a peça em um rio depois do homicídio. Bruno Augusto Marques de Araújo, de 31 anos, foi morto com seis tiros quando estava na frente da casa dele, na rua Tibiriçá, no bairro Jardim América. Imagens de uma câmera de segurança registraram a mulher chegando ao local.
Conforme a polícia apurou com base nas imagens, a mulher chega na casa do irmão, estaciona a moto, uma Honda Biz, e entra na casa. Depois de um tempo ela volta na moto, pega algo sob o assento da motoneta e entra novamente. Na cena seguinte a vítima sai correndo com a mão na barriga, sendo perseguido pela irmã. Ele cai na calçada e em seguida a mulher foge. Segundo a polícia, a arma usada pela autora foi uma pistola 380. Uma equipe do Samu chegou a ir ao local, mas ele já estava morto.