Silvio Santos, um dos maiores nomes da televisão brasileira, faleceu neste sábado (17), aos 93 anos, em São Paulo. O apresentador estava internado no Hospital Albert Einstein, após complicações relacionadas ao vírus H1N1. Ele foi hospitalizado no início de julho e teve alta dois dias depois, mas voltou a ser internado em 1º de agosto para realizar exames de imagem. A assessoria de imprensa do SBT, emissora fundada por ele, confirmou a notícia.
Nascido em 12 de dezembro de 1930, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, Senor Abravanel cresceu em uma família de imigrantes judeus. Ele era o mais velho de cinco irmãos e desde jovem demonstrava um espírito empreendedor. Aos 14 anos, começou a trabalhar como camelô nas ruas do Rio, vendendo canetas e capas plásticas para títulos de eleitor durante as eleições de 1946. Paralelamente, Silvio iniciou pequenos trabalhos de locução em rádios, dando os primeiros passos na carreira que o tornaria uma lenda.
Após servir o Exército na Escola de Paraquedistas em 1948, Silvio Santos decidiu investir na carreira de locutor, desempenhando diversas funções, como a venda de anúncios em caixas de som na barca Rio-Niterói. Esse período foi crucial para o desenvolvimento de suas habilidades de comunicação e carisma, que mais tarde o levariam ao estrelato.
A trajetória de Silvio Santos na televisão começou a ganhar forma na década de 1960, quando passou a comandar programas de auditório. Em 1963, estreou o “Programa Silvio Santos”, que se tornou uma referência no entretenimento nacional. Carismático e sempre inovador, o apresentador conquistou o público com seus quadros de prêmios e gincanas, tornando-se um dos maiores comunicadores do Brasil.
Em 1981, ele fundou o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), consolidando seu nome como empresário de sucesso. O canal rapidamente se tornou uma das principais emissoras do país, competindo diretamente com a Rede Globo. Sob o comando de Silvio, o SBT lançou diversos programas populares e revelou grandes talentos da TV brasileira.
Silvio Santos deixa um legado inestimável para a televisão brasileira. Seu carisma, capacidade de inovação e a criação de um império midiático fazem dele uma figura única na história do país. O Brasil se despede de um ícone, mas sua memória e contribuições para o entretenimento continuarão a ser lembradas por gerações.