Quando Orestes Quércia se apresentou na política pelo MDB na década de 70, uma heresia ao conservadorismo de Araçatuba dominado pela Arena, a colunista social Odette Costa emitiu o seguinte parecer pejorativo na visita do emedebista à cidade: “tem a cara de um italianinho da Água Limpa”.
As eleições municipais de 2024 escancararam de vez que Araçatuba é uma cidade dominada por descendentes italianos, e que a quarta ou quinta geração está chegando ao poder. Não são puros-sangues, mas juntos e misturados.
Como? Perguntará o leitor desavisado. É só ver os sobrenomes dos candidatos a prefeito e a vice de Araçatuba. De 10, 7 têm sobrenomes italianos. Se quiser aprofundar, de 10, 8 têm sobrenomes estrangeiros.
Cido Sério (PV) e Hélio Consolaro (PT)
Felipe Fornari (PP) e Aparecido Saraiva (MDB)
Deocleciano Borella (PSD) e Flávio Salatino (PR)
Lucas Zanatta (PL) e Maria Ionice Zucon (PL)
Bruno Pandini (Novo) e Stelios Fikaris
Para você visualizar melhor, caro leitor, e se os sete descendentes de italianos fossem nisseis, cuja origem está marcada no rosto, não ia chamar mais a atenção!
Viva a democracia! A história de Araçatuba está estampada nos nomes de nossos candidatos. Tudo terminou em pizza.