A soltura de balões pode causar danos irreparáveis a famílias e ao meio-ambiente, com possíveis incêndios, danos estruturais e outras consequências. É por isso que, desde 1998, a prática é considerada crime, prevista na Lei nº 9.605, com pena de 1 a 3 anos de prisão, ou multa de, no mínimo, R$ 10 mil.
As consequências não são geradas somente a quem solta, mas também a quem produz e até mesmo transporta esses artefatos. Os balões são produzidos com um material inflamável, por isso, quando caem podem causar incêndios sem precedentes em florestas, casas e edificações.
Mesmo quando não causam incêndios, geram transtornos à população. Nesta segunda-feira (22), por exemplo, uma moto chegou a ser arremessada e ficou presa na fiação após a queda de um balão na região do bairro Aricanduva, na zona leste de São Paulo. Não houve registro de feridos, mas as casas no entorno ficaram sem energia elétrica.
O delegado João Blasi, da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, conta que a Polícia Civil já realizou diversas operações contra esse tipo de prática, que aumenta nos meses como junho e julho, por causa das comemorações do dia de São João. “Quem solta não tem ideia das consequências que isso pode gerar”, ressalta, ao lembrar dos riscos que ainda causa à aviação. “Imagina o piloto estar decolando e, do nada, se deparar com um artefato desses. Vira um momento de tensão”.
A Polícia Militar Ambiental também tem trabalhado no combate a esse tipo de crime. Só na sexta-feira (19), 12 fábricas clandestinas de balões foram fechadas pelas equipes durante a Operação Guardião das Florestas.
A corporação ressaltou que “as áreas verdes desempenham um papel fundamental na vida humana e fornecem recursos essenciais, como alimento e material genérico para indústrias, além de serem regularas de clima e abrigarem uma rica diversidade de fauna e flora”.
Desde janeiro, foram 15 incêndios causados por queda de balões
O Corpo de Bombeiros atendeu, desde janeiro de 2024, 15 ocorrências de incêndio causadas por quedas de balões. Desde junho até o momento, foram 8 casos. Já a Polícia Militar Ambiental apreendeu 35 balões até o momento. (Agência Brasil)