Um homem identificado como Maurício Rodrigues Coelho, 54 anos, morreu na manhã desta quarta-feira quando seguia de bicicleta a caminho do trabalho, pela estada Caran Rezek, de acesso ao bairro engenheiro Taveira e que passa pelos conjuntos habitacionais Ankara, Paquerê e Aimoré.
Coelho foi a terceira vítima fatal de acidente de trânsito naquela localidade desde maio, onde, segundo moradores, já ocorreram mais de 10 acidentes nos últimos meses. Era por volta de 6h quando Coelho saiu do bairro Aimoré e seguia pela via. Ao passar pelo bairro Paquerê foi atropelado pelo caminhão.
Moradores apontam dois fatores que colocam em risco os usuários da via, sendo a falta de acostamento e de iluminação, aliada a via estreita que tem trânsito rápido e teve aumento do fluxo de veículos após inauguração dos novos bairros. A via dá acesso ao bairro Taveira e à zona rural, incluindo usina e condomínios de ranchos.
O motorista do caminhão que atropelou Coelho parou para prestar socorro, acionou o resgate e a Polícia. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Santa casa, mas não resistiu aos ferimentos.
Manifestação
Diante de tantos acidentes e as três mortes recentes, moradores dos dois bairros começaram a organizar uma manifestação para esta sexta-feira no final da tarde. Eles querem urgência na implantação de acostamentos e iluminação, visando o aumento na segurança da via.
Moradores ainda questionam o descaso de vereadores em relação ao pedido de protocolado no Legislativo com sugestão para inclusão na LDO (lei de diretrizes orçamentárias 2025) recursos para investimentos na Caran Rezek.
“O vereador doutor Jaime veio com a desculpa que deve ser recursos do estado, mas nenhum deles mostrou interesse em fazer qualquer articulação para tentar viabilizar isso”, disse uma das organizadoras da manifestação, Pâmela da Silva Miranda.
Drama
Pâmela é viúva de Rafael Luiz Pereira da Silva, 29 anos, uma das duas vítimas de uma colisão frontal entre duas motos no dia 11 de maio na estrada Caram Rezek. Ambos os condutores morreram na hora e uma das motos explodiu e pegou fogo. Com o acidente, Pâmela teve interrompida a realização de um sonho, de compor uma família.
Eles eram casados, ela fazia lanches e Rafael cuidava pessoalmente das entregas. Os dois estavam formando a família com muitos sonhos pela frente. Após o acidente, Pâmela não conseguiu mais trabalhar e está até hoje abalada psicologicamente, e diz que não tem coragem de contratar entregador devido ao risco da estrada onde funcionava seu negócio.