Na terra do grito, a escuta é um problema. As pessoas têm se asfixiado por não se darem o direito de falar! Não se escuta nem a si mesmo.
São tempos em que se mata o outro roubando dele o direito de ser escutado.
Uma análise/psicoterapia é O LUGAR da escuta! Lugar onde se escuta tanto o sujeito, quanto o sofrimento!
E essa realidade, esse enfrentamento está para todos (crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos); visto que todos temos uma Saúde Mental que requer cuidados.
Para a Geração Z (14 a 26 anos), questões de identidade, pertencimento, imagem corporal e ansiedade; são realidades que comparecem na dor emocional.
A Geração Millennials (27 a 40 anos) o que se vê são inseguranças e comparações (protagonizadas pelas redes sociais). Como se a vida virtual fosse real e o ideal a ser alcançado.
Para a Geração X e Boomers (a partir dos 45 anos) o que comparece são enfrentamentos com estresse financeiro, desorganização emocional e medo do envelhecimento.
A escuta clínica é quem nos traz as informações acima descritas.
Não se pode viver em negação: negação do sofrer, negação do padecimento da Saúde Mental, negação da necessidade de cuidados com a Saúde Emocional.
Enquanto houver negação, haverá adoecimento.
Dar atenção às emoções, emocionar-se, cuidar da Saúde Emocional/Mental não é coisa de gente fraca, instável, frágil….olhar para suas questões emocionais, para seus medos e dores, para sua Saúde Mental; é o que nos faz HUMANOS.
Você tem sido humano e dado atenção às suas questões emocionais?
Por uma cultura de cuidados com a Saúde Mental.
Setembro Amarelo: de Setembro a Setembro.
(*) Eliane Cabral é Psicóloga Clínica, Especialista em Prevenção e Posvenção em Suicídio, Especialista em Saúde Mental e psicanalista em percurso.