Uma mulher de 62 anos alega ter sofrido um prejuízo de aproximadamente R$12 mil após cair em um golpe envolvendo um “bilhete premiado” em Itanhaém, litoral sul de São Paulo.
A vítima conta que foi abordada por duas mulheres após sair de um mercado no bairro Jardim Grandesp, no último dia 12 de junho.
Em entrevista à TV Tribuna, a filha dela disse que uma das suspeitas abordou a mãe dizendo ser analfabeta e pediu ajuda para ir até um banco para sacar um bilhete premiado. A estelionatária ainda teria dito que “ninguém poderia ficar sabendo”. A outra envolvida se apresentou como uma “desconhecida” que ajudava a resolver a situação.
A mulher que se dizia analfabeta disse que precisava pagar uma taxa de R$ 25 mil para acessar um bilhete premiado de R$ 4 milhões. A suspeita ainda afirmava que iria dividir o prêmio com a pessoa que a ajudasse e doaria o restante porque a igreja não permitia mexer com valores, contou a filha à emissora.
A filha ainda revelou que a mãe acreditou na história. Contou que a segunda mulher, que ajudava na situação, disse que chamaria um primo advogado para levá-las a um banco. O homem apareceu em um carro prata e levou a vítima até a casa dela para pegar a bolsa.
“Ela deixou o que tinha comprado no mercado em casa e só informou ao meu pai que ela ia ao banco. Se falasse que era para tirar um dinheiro para outra pessoa, meu pai não a teria deixado sair”, lamentou a filha da vítima na entrevista.
Imagens das câmeras de segurança disponibilizadas pelos vizinhos à investigação mostram o carro chegando para buscar a vítima.
Bebida com calmante
Ao chegar no banco, no centro de Itanhaém, os suspeitos que estavam com a aposentada encontraram uma outra mulher.
Segundo a filha, a mãe “tinha uma margem de R$ 2 mil de empréstimo e mais R$ 2 mil na conta corrente”. A mulher sacou todo esse dinheiro e entregou aos criminosos.
Ainda de acordo com a entrevistada, a vítima teria tomado um suco de laranja oferecido pelo grupo entre a chegada e saída do banco. A filha acredita que a bebida teria calmante pois recebeu um áudio da mãe com uma “voz diferente”. “Queria me contar, mas não conseguia falar”, contou.
Após o saque inicial de R$ 4 mil, o motorista pediu a senha do cartão de crédito da vítima e realizou uma compra de R$ 347,00 em um mercado em Itanhaém. Após isso, o grupo levou a mulher até a cidade vizinha de Mongaguá.
A filha diz que a mãe estava “meio grogue” nesse momento e por isso não consegue contar detalhes: “Não tinha mais raciocínio”. Ela só percebeu as compras da mãe após ver movimentações bancárias no histórico do cartão de crédito.
A quadrilha passou o cartão em uma máquina e usou R$ 8 mil do limite disponível. Porém, ao passar em um segundo aparelho, o cartão foi bloqueado.