Um menino de 7 anos sofreu um grave acidente na terça-feira, 11 de junho, dentro de uma escola pública em Novo Horizonte, interior de São Paulo. Segundo relatos, o garoto teve o dedo esmagado por colegas de classe, em um caso que a mãe, Carla Lima, de 33 anos, atribui a bullying frequente.
O incidente veio à tona quando a coordenadora da escola levou a criança até a casa da família, com o dedo ferido e sangrando. Carla soube da situação ao buscar o filho no ponto de ônibus e ser informada pelo motorista que ele havia sofrido um acidente na escola. Pouco tempo depois, a coordenadora chegou com o menino em casa.
“Eu desci até em casa. A coordenadora me explicou que meu filho tinha machucado o dedo, por isso ela trouxe ele, porque estava saindo muito sangue. Aí eu falei: ‘mas como aconteceu?’ Ela me explicou meio por cima, aí eu pedi para ela me levar no hospital, porque não tinha como eu ir, eu estava a pé”, explicou Carla. “A unha estava pendurada. Meu filho poderia ter perdido a mão”, relatou a mãe, preocupada.
O menino foi levado para a Santa Casa de Novo Horizonte, onde teve o dedo enfaixado e foi liberado. De acordo com a mãe, o filho contou que dois colegas prenderam sua mão na tampa de um ralo e a soltaram de forma brusca, resultando no ferimento.
Carla afirmou que o filho sofre bullying frequentemente na escola e já havia feito reclamações à direção. Indignada com a situação, ela fez uma publicação nas redes sociais sobre o ocorrido. A mãe informou que, após a postagem, foi advertida pelos funcionários da instituição de ensino.
“Eles vieram aqui em casa e discutiram tudo. Acharam ruim que eu tinha postado, mas é meu filho. A integridade do meu filho. A saúde mental dele, porque ele sofre bullying e já foi abusado na escola. Então, isso foi a gota d’água para mim, porque ele poderia ter perdido a mão”, desabafou Carla.
Em nota, a Prefeitura de Novo Horizonte informou que, no dia do incidente, a escola cuidou dos ferimentos do menino, fez o curativo e avisou a mãe. A equipe da escola acompanhou a criança até o hospital durante o atendimento médico. A prefeitura esclareceu também que, na quarta-feira (12), uma equipe da Secretaria Municipal de Educação, junto com a equipe gestora da escola, visitou a família novamente para prestar ajuda e orientações. A nota finalizou destacando que a escola abomina qualquer tipo de bullying.