Sob protestos de dezenas de pessoas, a Câmara de Araçatuba aprovou a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os atendimentos na saúde pública, sobretudo no pronto-socorro municipal, principal alvo de queixas da população.
Com cartazes, megafone, faixas, coroa de flores e até um caixão de papel com cruzes representando as últimas mortes que ocorreram no pronto-socorro, dezenas de manifestantes lotaram a galeria da Câmara pedindo providências aos vereadores.
Muitos dos que protestavam são pré-candidatos a vereador de diferentes siglas. Os pré-candidatos a prefeito pelo Progressistas e pelo Novo, o médico Filipe Fornari e o advogado Bruno Pandini, respectivamente, também estiveram na sessão.
A sessão chegou a ser interrompida por 40 minutos. Em seguida, a presidente da Casa, vereadora Cristina Munhoz (União Brasil) cedeu espaço para que alguns manifestantes utilizassem a tribuna livre. Uma das participantes do protesto usou o espaço, mas os protestos continuaram.
Como não houve ordem no plenário, a 20ª sessão ordinária do ano foi encerrada às 19h46, sem deliberação de nenhuma proposição prevista na pauta.
Após o encerramento da sessão, a presidente Cristina Munhoz voltou ao plenário para comunicar aos presentes que foram obtidas as assinaturas necessárias para a abertura da CPI da Saúde, proposta na sessão do dia 11 de março pelo vereador Luís Boatto (Solidariedade).
Para a abertura, eram necessárias cinco assinaturas de vereadores, mas a iniciativa tinha apenas a anuência do próprio autor, Boatto, além dos parlamentares Arlindo Araújo (Solidariedade) e Lucas Zanatta (PL).
Após a tumultuada sessão de segunda-feira, os vereadores Arnaldinho (Cidadania), Coronel Guimarães (Republicanos), Nelsinho Bombeiro (PSD), Wesley da Dialogue (Podemos), Dr. Alceu (PSDB) e a própria Cristina Munhoz decidiram assinar a proposta.
Agora, a presidência da Câmara deverá convocar os vereadores para decidir quem serão os integrantes da CPI, que pode ser composta por três ou cinco parlamentares.
A pauta da 20ª sessão ordinária previa 13 itens para discussão e votação, incluindo cinco urgências enviadas pelo Poder Executivo. As matérias devem ser apreciadas na 21ª sessão ordinária, que será realizada na próxima segunda-feira (24).