O Partido Republicanos vem sendo “assediado” por quatro grupos políticos de Araçatuba (SP), em busca de apoio para a corrida eleitoral deste ano, que vai eleger prefeito, vice e vereadores. A sigla, no entanto, deve definir o seu futuro na primeira semana de junho e indicar o vice do Coronel Deocleciano Borella Júnior (PSD), pré-candidato a prefeito que tem o apoio do chefe do Exeucutivo araçatubense, Dilador Borges (PSDB).
Conservador e de direita, o partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, vem sendo procurado até mesmo por agremiações de centro-esquerda, como é o caso do PV (Partido Verde) do ex-prefeito de Araçatuba Cido Sério, pré-candidato a prefeito que tem o apoio, até agora, do PC do B e do PT, com quem o PV possui federação.
O médico Filipe Fornari (PP), que tem como vice o ex-vereador Cido Saraiva (MDB), também estaria interessado em conquistar o apoio do Republicanos, assim como o próprio Borella e o pré-candidato pelo PL (Partido Liberal), vereador Lucas Zanatta, cuja vice é a funcionária pública federal aposentada Maria Ionice Zucon.
As conversas, inclusive, ultrapassam os limites do município e são levadas, muitas vezes, a São Paulo ou a Brasília, na tentativa de selar uma aliança por meio dos figurões do partido no Estado ou mesmo no País.
Nestas horas, vale tudo para ampliar a base de apoio, o que, em tese, aumentaria as chances de uma eventual vitória nas urnas.
Dividendos Políticos
De outro lado, o diretório municipal também tem se reunido com os que detêm o poder no partido em outras instâncias.
Isso porque é natural que se analise as reais chances de cada candidato em seus municípios, assim como as “vantagens” eleitorais que uma ou outra aliança poderiam render daqui a dois anos, quando haverá outra eleição, para presidente, vice-presidente, governadores, deputados e senadores.
E há, claro, as negociações para apoio em determinada cidade em detrimento de outra, dependendo dos dividendos eleitorais que cada uma pode oferecer.
Em Araçatuba, tudo caminha para que o Republicanos formalize apoio a Borella, apesar da declarada neutralidade que o diretório municipal insiste em reafirmar. Primeiro, pela própria proximidade do presidente local, Coronel Paulo Motooka, com o pré-candidato do PSD. Segundo, pela simpatia do grupo à pré-candidatura do chefe de gabinete da Prefeitura.
Nomes Cotados
O principal nome do Republicanos para ser o vice na chapa de Borella é o empresário e comunicador Carlos Hernandes. Ele é visto como o melhor complemento ao coronel, por sua espontaneidade, extroversão e popularidade entre as camadas sociais menos favorecidas. Resta saber se ele aceitará o desafio, haja vista que já foi vice duas vezes do então prefeito Cido Sério.
Outro nome cotado é o do sindicalista Denilson Pichitelli, presidente do Sisema (Sindicato dos Servidores Municipais de Araçatuba e Região). Como vantagem, tem os cerca de 5 mil associados ao sindicato, e a experiência como vereador entre os anos de 2016 e 2020.
O médico cardiologista e ex-vereador Flávio Salatino é outra possibilidade de vice a ser indicada pelo Republicanos, assim como o também médico Célio Mori, que é ortopedista e pré-candidato a vereador.
O mistério deve ser solucionado na próxima semana, segundo o presidente do Republicanos local, Coronel Motooka. “A nossa postura, por enquanto, é de neutralidade. Vamos decidir e divulgar o nosso posicionamento nos primeiros dias de junho”, afirmou.