O Rio Grande do Sul registrou a primeira morte por leptospirose após as enchentes recentes. A vítima, um idoso de 67 anos do município de Travesseiro, apresentou sintomas em 9 de maio e faleceu em 17 de maio. Desde as enchentes, foram confirmados 19 casos de leptospirose no estado e 304 ocorrências suspeitas.
A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira, presente na urina de roedores, e transmitida pelo contato com água ou solo contaminados. Os sintomas incluem febre, calafrios, dores musculares, dor de cabeça, náuseas, diarreia e, em casos graves, complicações como insuficiência renal e hepática.
Eles podem surgir entre 2 e 30 dias após a exposição. Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial, mas, nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata, buscando evitar complicações e diminuir a letalidade.
Antes do período de calamidade enfrentado pelo Rio Grande do Sul, com dados até 19 de abril, o Estado já havia registrado, em 2024, 129 casos de leptospirose e seis óbitos. Em 2023, foram 477 casos e 25 óbitos.
Além da primeira morte, a leptospirose continua a ser uma preocupação significativa para as autoridades de saúde, especialmente após enchentes, que aumentam o risco de contato com água contaminada. Desde as chuvas, 19 casos foram confirmados no estado.
A população deve adotar medidas preventivas para evitar a doença. É recomendado o uso de botas e luvas ao manusear água suja e evitar o contato com lama e águas de enchente. A leptospirose é tratada com antibióticos, e o tratamento precoce é crucial para evitar complicações graves. Sintomas graves incluem icterícia, hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, podendo levar à morte.
Durante as enchentes, é possível ocorrer acidentes como cortes e machucados, facilitando a entrada da bactéria. Pessoas envolvidas em atividades de limpeza de lama e entulhos devem usar equipamentos de proteção adequados.
Além disso, outras doenças, como tétano e hepatite A, também podem surgir em cenários de enchente. A população deve garantir que os esquemas vacinais estejam atualizados e evitar consumir alimentos que tenham tido contato com a água de inundação ou lama. O uso de hipoclorito de sódio para desinfecção de água e superfícies também é recomendado.
As autoridades de saúde estão em alerta e monitorando a situação de perto, com equipes médicas disponíveis para atendimento nas áreas afetadas. A conscientização e adoção de medidas preventivas são fundamentais para controlar o avanço da leptospirose e proteger a saúde da população