A Polícia Civil de São Paulo desmontou um esquema milionário de furto de máquinas agrícolas após seis meses de investigação. Nesta quinta-feira (16), com mandados de prisão expedidos pela Justiça, os agentes prenderam sete suspeitos preventivamente nos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
Conforme as investigações, a quadrilha, que inclui empresários, movimentou em um ano R$ 3,6 milhões com os crimes. O bando, além de furtar máquinas agrícolas, também era responsável pela logística de transporte interestadual e cometia crimes tributários.
Um dos presos na ação de hoje, um empresário de 45 anos, tinha renda mensal de R$ 2,5 mil, mas chegava a movimentar quantias de R$ 100 mil em contas bancárias, dinheiro proveniente da atividade ilícita.
A quadrilha teria se associado entre os anos de 2021 e 2022. Porém, parte do grupo já cometia o crime há mais de dez anos, segundo a Polícia Civil.
“A operação faz parte do empenho da corporação em acolher as diretrizes governamentais de firme enfrentamento em crimes que atingem o produtor rural do estado de São Paulo e a economia nacional. As prisões preventivas de hoje foram necessárias para interrupção do ciclo delitivo, promoção de prevenção geral e segurança no campo”, afirma o delegado Seccional de Polícia de Fernandópolis, Everson Contelli, responsável pela Operação Porteira Fechada.
A investigação começou após o furto de um trator, avaliado em R$ 350 mil, que aconteceu em 14 de dezembro do ano passado, na região de São José do Rio Preto. O crime despertou no setor de inteligência da Polícia Civil um alerta, uma vez que esse tipo de delito estava se repetindo em outras localidades.
As prisões aconteceram nas cidades de Pitangueiras, Guariba, São Carlos e São José do Rio Preto, no estado de São Paulo; Uraí e Andirá, no Paraná; e no município de Patrocínio, em Minas Gerais.