Cada tempo traz consigo uma forma de viver, uma forma de estar na vida. E precisamos pensar e olhar nossa forma de estar na vida; em favor da nossa Saúde Mental.
Não se nasce como a 30, 40, 50 anos atrás…não se educa, não se trabalha, não se envelhece, não se vive como a décadas atrás.
Daí a importância de construirmos meios funcionais e saudáveis de estar na vida na atualidade.
Os excessos que a contemporaneidade nos propõe podem liquidar com a nossa existência. É urgente olhar as novas formas do sofrer, o mal estar contemporâneo, o padecer do nosso tempo e o que tem causado isso; para cuidarmos disso.
Vazio, falta de sentido, sensação de não pertencimento, angústia; são sintomas recorrentes na vida atual.
Como temos nos relacionado com a vida, com o sofrer, com o trabalho, com o tempo, conosco, com as pessoas, com as frustrações, com as expectativas, com as idealizações??? São essas questões (e muitas outras) que trazem os sintomas acima citados.
Seja o que for: se adoece precisa ser repensado. Se é abusivo precisa ser liquidado. Se traz prejuízo precisa ser revisto. Se tira a Saúde Mental, precisa ser eliminado.
Se faz urgente e necessário a construção de uma forma mais saudável emocionalmente, de estar na vida.
Sofrer faz parte da vida, viver em sofrimento não. Doer faz parte da vida, viver em dor não. Tudo isso precisa ser olhado, precisa ser reconhecido, precisa ser cuidado.
Por uma cultura de cuidados com a Saúde Mental.
Setembro Amarelo: de Setembro a Setembro.
(*) Eliane Cabral é psicóloga clínica, psicanalista e especialista em prevenção e pósvenção em suicídio