Foi condenado a 21 anos de prisão, em regime inicial fechado, um homem que matou a ex-esposa na cidade de Junqueirópolis – a cerca de 145 km de Araçatuba, no interior de São Paulo. Após denúncia oferecida pela promotora Jamile Tavares e atuação em Plenário do também promotor Bruno Arneiro Soares, o Conselho de Sentença reconheceu, na última sexta-feira (10/5), a prática de feminicídio com mais duas qualificadoras: motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.
Réu e vítima tiveram por 21 anos um relacionamento que resultou no nascimento de três filhos. Na época dos fatos, contudo, os dois já estavam separados e providenciando a formalização do divórcio.
Inconformado com a separação, no dia 11 de fevereiro de 2022 o homem foi até a casa da ex-companheira e permaneceu alguns instantes em frente ao imóvel, aguardando o momento oportuno para o ataque.
Alertada por vizinhos, a mulher foi até o réu e disse que acionaria a polícia se ele não fosse embora, mas acompanhou-o até seu carro. Nesse momento, ele atirou várias vezes contra a vítima.
“O crime foi cometido por razões de sexo feminino, pois praticado no contexto de violência doméstica e familiar e tendo em vista o menosprezo revelado pelo denunciado em relação à vítima, relegando a sua condição de mulher e tratando-a como se fosse um objeto pessoal”, diz a denúncia do MPSP.