O adolescente que matou seus pais e irmã na na Zona Oeste de São Paulo, fingiu ser o pai no WhatsApp para justificar a ausência no trabalho. O jovem assumiu a identidade do pai, um guarda municipal na cidade Jundiaí (SP), para responder a um colega de trabalho, alegando que estava doente.
A sequência dos eventos começou no sábado, dia 18, quando um colega tentou entrar em contato com o guarda municipal às 7h20 através do WhatsApp. Sem conseguir resposta, enviou uma mensagem às 7h35 perguntando se ele estava de folga. Três horas depois, o adolescente respondeu, fingindo ser o pai, dizendo: “Eu estou doente”. O colega então ofereceu ajuda, caso necessário.
O guarda municipal atuava na corporação desde 2012, sendo parte da Divisão Florestal. O crime, no entanto, só foi revelado no domingo, dia 19, quando o adolescente ligou para a Polícia Militar, confessando os homicídios e se entregando.
Como foi o crime
De acordo com o boletim de ocorrência, o adolescente relatou ter matado os pais e a irmã na sexta-feira, dia 17, por estar com raiva. Ele usou a pistola do pai, escondida em casa, para cometer os crimes. Os corpos de Isac Tavares Santos, 57 anos, Solange Aparecida Gomes, 50 anos, e Letícia Gomes Santos, 16 anos, foram encontrados em decomposição na residência da família.
O adolescente explicou que os desentendimentos com os pais adotivos culminaram em uma discussão na quinta-feira, dia 16, quando foi chamado de “vagabundo” e teve o celular confiscado, impedindo-o de fazer uma apresentação escolar. Isso o levou a planejar o crime. Na sexta-feira, ele atirou no pai pelas costas enquanto este estava na cozinha. A irmã, ao ouvir o disparo, foi até o local e foi baleada no rosto.
Após os homicídios, o adolescente foi para a academia e, ao retornar, esperou a mãe chegar para também assassiná-la. Ele ainda colocou uma faca no corpo da mãe no dia seguinte. A arma do crime e a munição foram apreendidas pela polícia.
O caso foi registrado como ato infracional por homicídio, feminicídio, posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e vilipêndio de cadáver. O adolescente permanece à disposição da Justiça.