Em uma operação intitulada “Voto Certo”, a Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira uma série de ações em Nova Castilho, São Paulo, para investigar alegações de fraudes em inscrições eleitorais. A operação envolveu a execução de quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Eleitoral de Auriflama (SP).
Durante as buscas, que incluíram a Casa da Agricultura, um órgão público local, foram apreendidos documentos, celulares, e diversas mídias que serão analisadas pelo setor técnico-científico da PF. Esses materiais são cruciais para avançar nas investigações sobre quem está por trás das irregularidades nas inscrições eleitorais.
As investigações estão focadas em identificar indivíduos que podem ter sido induzidos a transferir ilegalmente seus títulos eleitorais para Nova Castilho, mesmo sem qualquer vínculo com o município. A PF suspeita que eleitores foram coagidos a falsificar documentos para efetuar essas mudanças.
Os crimes investigados pela operação incluem a inscrição fraudulenta de eleitor, com pena de reclusão de até 5 anos e multa, além de induzir alguém a se inscrever eleitor com infração das normas eleitorais, o que pode resultar em até 2 anos de reclusão e multa. Também está sendo apurado o uso de documentos falsificados ou alterados, com penas similares.
A delegacia da Polícia Federal de Jales (SP), responsável pela operação, destacou a importância de ações como essa para garantir a integridade e lisura das eleições municipais deste ano. Além de Nova Castilho, outros 44 municípios da região estão sob vigilância para prevenir e reprimir práticas eleitorais ilegais.