Um dos quatro acusados de participação em um homicídio e uma tentativa de homicídio em uma loja de assistência técnica de celulares no bairro Hilda Mandarino, em Araçatuba, em dezembro de 2022, foi solto por decisão judicial. Um acusado continua preso e dois estão foragidos.
O crime foi no dia 17 de dezembro de 2022, quando um homem, posteriormente identificado pelas iniciais C.Z.N., chegou em uma moto Honda Twister, prata, e matou tiros Lucas Pereira da Silva, em sua loja de assistência técnica de telefones celulares, na rua Joaquim Cândido, no bairro Hilda Mandarino.
Além de matar Silva ele tentou matar a companheira da vítima, mas a arma falhou. O autor, assim que chegou no local do crime, pediu a corrente de ouro e o celular da vítima. Por este motivo o caso começou a ser investigado como latrocínio, mas depois a polícia descobriu que o verdadeiro motivo seria um desentendimento em relação a negócios.
Defesa
O homem que foi solto, por decisão da Justiça local, é J.R.L., que teria emprestado o local onde o plano foi elaborado e de onde tudo teve início. Ele é defendido pelos advogados criminalistas Flávio Batistella e Daniel Madeira.
Eles explicam que, com essa decisão, fomenta e alimenta uma posição de impronúncia do inculpado (possivelmente não irá a júri popular), isto, porque há fortes indícios de que a participação do comerciante é incerta.
Acusação
Quatro pessoas são acusadas pelo crime. C.Z.N. seria o autor dos disparos. R.G.C. é o dono da moto e a emprestou, dando apoio material para consumação do crime, ao emprestar a moto para que C.Z.N. fosse até a loja executar Silva e tentar matar a companheira dele.
M.A.M. concorreu prestando auxílio intelectual, promovendo, organizando, cooperando e dirigindo a atividade dos demais agentes. O outro acusado é J.R.L., que ciente de toda a empreitada criminosa, concorreu para os homicídios, disponibilizando o espaço físico de seu estabelecimento comercial, uma oficina mecânica, para a reunião de todos os denunciados e início dos atos de execução.
Motivação
Durante o decorrer das investigações a polícia descobriu o verdadeiro motivo do crime. Conforme denúncia feita pelo Ministério Pública à Justiça, a vítima e os denunciados M.A.M. e C.Z.N. possuíam atividade empresarial no setor de placas solares e, antes dos fatos, ocorreu uma desavença comercial entre ambos.
Em razão disso, os denunciados M.A.M. e C.Z.N. resolveram matar a vítima e sua esposa. Para garantir a empreitada criminosa, eles se conluiaram com os denunciados R.G.C. e J.R.L. e planejaram a execução dos crimes, tentando simular um roubo.
A ação
No dia dos fatos, conforme previamente combinado entre eles, todos se encontraram na oficina de J.R.L., no bairro Concórdia. O dono do local já estava lá e depois chegou o acusado de ter efetuado os disparos.
Em seguida M.A.M. e R.C.G. Todos entraram no interior da oficina e, alguns minutos depois, J.R.L., para criar um álibi e não levantar suspeitas, deixou o local conduzindo uma motocicleta.
Os demais denunciados permaneceram no interior da oficina e, pouco tempo depois, C.Z.N. vestiu uma capa de chuva preta, embora o dia estivesse ensolarado, e saiu conduzindo a motocicleta Honda Twister do denunciado R.C.G., rumo ao estabelecimento comercial da vítima Lucas Silva.
Ao chegar no local, C.Z.N. desembarcou do veículo e ingressou na loja da vítima. Depois sacou uma arma de fogo e a apontou para Lucas e a companheira dele, determinando que deitassem no chão e colocassem os aparelhos celulares sobre o balcão.
Na sequência, simulando ser um simples roubo para ocultar a intenção homicida, C.Z.N. ordenou que a vítima Lucas entregasse a sua corrente de ouro, momento em que, repentinamente, e enquanto ela estava ajoelhado, passou a efetuar disparos, atingindo-o com quatro projéteis, sendo três na região da cabeça e um nas costas.
C.Z.N. ainda apontou a arma de fogo para a vítima Juliana e acionou o gatilho com a intenção de atingí-la e também matá-la, porém, a arma falhou. Após os atos criminosos ele fugiu.