Um relatório divulgado pela Corregedoria Nacional de Justiça apontou que o senador Sergio Moro, o ex-deputado Deltan Dallagnol e a juíza afastada Gabriela Hardt são acusados de tentar desviar aproximadamente R$ 2,5 bilhões do erário público. Segundo o documento, o objetivo era financiar a criação de uma fundação privada.
O relatório, assinado pelo delegado da Polícia Federal Élzio Vicente da Silva, detalha que os atos ocorreram entre 2016 e 2019 na 13ª Vara Federal de Curitiba, sob a supervisão de Moro. As ações incluíam um conjunto de “atos comissivos e omissivos” e contavam com a colaboração de agentes públicos americanos, gerentes da Petrobras e outros representantes da estatal.
Intervenção do STF – A tentativa de desvio foi impedida pela atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu os efeitos de uma decisão judicial da 13ª Vara Federal de Curitiba. Essa decisão havia homologado o Acordo de Assunção de Obrigações entre a Petrobras e os Procuradores da República no Paraná, parte da Força-Tarefa Lava-Jato.
Em resposta às acusações, Sergio Moro divulgou uma nota afirmando que nenhum centavo foi desviado. Moro assegurou que todos os valores manuseados foram devolvidos diretamente de contas judiciais da 13ª Vara de Curitiba para a Petrobras, reiterando que a estatal foi a principal prejudicada pelos crimes investigados pela Operação Lava Jato. Ele também enfatizou que deixou o tribunal em outubro de 2018, antes da proposta de criação da fundação e que jamais esteve envolvido nas discussões ou consultas sobre esse assunto.
Futuro das Investigações – O relatório do delegado Élzio Vicente da Silva ainda será submetido a avaliações adicionais pelas autoridades competentes, o que poderá levar a novos desenvolvimentos no caso ou a possíveis ações judiciais contra os envolvidos. A investigação segue em aberto, e novas informações podem surgir à medida que o processo avança.