O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) liderou uma grande manifestação neste domingo (21), na Praia de Copacabana, reunindo 32,7 mil pessoas. Durante o evento, Bolsonaro fez um discurso em que defendeu a anistia para os presos relacionados aos atos de 8 de janeiro e criticou o governo atual.
Os apoiadores do ex-presidente começaram a se aglomerar na região entre os postos 4 e 5 da praia desde as 8h da manhã. Bolsonaro saiu de um hotel nas proximidades e subiu em um caminhão, de onde falou aos presentes por cerca de 35 minutos, a partir das 11h26. O evento foi encerrado ao meio-dia, logo após sua fala.
No discurso, Bolsonaro não só atacou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mas também defendeu a figura de Elon Musk, a quem chamou de “mito da liberdade”, e criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, por sua atuação contra perfis de apoiadores do ex-presidente nas redes sociais. Além disso, refutou as alegações de fraude nas eleições de 2022, afirmando que é uma “página virada”.
O ato foi marcado pela presença de diversas figuras políticas, incluindo os filhos de Bolsonaro, deputados federais, pastores e até governadores, como Cláudio Castro (PL-RJ) e Jorginho Mello (PL-SC). Destacaram-se também os discursos de apoio ao ex-presidente proferidos por lideranças políticas e religiosas.
Segundo Pablo Ortellado, professor da Universidade de São Paulo (USP), a manifestação teve uma estimativa de público de 32,7 mil pessoas. A Polícia Militar não divulgou um número oficial de participantes.
Este evento ocorre em um contexto de intensas investigações contra Bolsonaro e seus aliados, suspeitos de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado para manter o poder. O ex-presidente, durante a manifestação, reiterou a importância de “passar uma borracha no passado” e conceder anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.
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