A baixa adesão à vacina contra a gripe em 2023 está refletindo agora na população de Araçatuba, que registra um aumento de 65,5% nos casos de síndrome gripal, provocada por vírus respiratórios que causam a gripe, entre outras doenças.
No ano passado, apenas 60% das pessoas que deveriam ter sido imunizadas tomaram a vacina, quando o ideal é de, no mínimo, 95%.
Sem a cobertura vacinal ideal, Araçatuba já registrou, de janeiro até agora, 5.926 casos de síndrome gripal ante os 3.580 notificados no mesmo período de 2023.
A síndrome gripal é um conjunto de sintomas causados por vírus respiratórios, como o Influenza e seus tipos e subtipos (A H1N1, A H3N2, Influenza 3, entre outros), além do novo coronavírus, causador da covid.
Em Araçatuba, segundo a diretora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Priscila Cestaro, está circulando os vírus Influenza A e B e o vírus sincicial respiratório, este responsável pela maioria dos casos de infecções do trato respiratório em bebês, como bronquiolite e pneumonia.
VACINAÇÃO
Em Araçatuba, 80 mil pessoas fazem parte do público-alvo que precisa ser imunizado contra a gripe, segundo a Vigilância Epidemiológica. Até a semana passada, a campanha de vacinação havia atingido apenas 5 mil pessoas, ou seja, nem 10% da meta.
No último sábado (13), a Secretaria Municipal de Saúde aplicou 1.938 doses de vacina, no chamado Dia D de Vacinação contra a Gripe. Isso significa que quase 7 mil pessoas foram imunizadas até agora, número ainda bem distante do ideal.
Este ano, justamente devido à baixa adesão à vacina em 2023, o Ministério da Saúde antecipou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que teve início no dia 25 de março – normalmente, a ação tem início no mês de abril.
PÚBLICO-ALVO
O público-alvo para a vacina da influenza é: crianças de 6 meses a menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), trabalhador da saúde, gestantes e puérperas, professores e trabalhadores de instituição de ensino, além de pessoas com 60 anos ou mais.
Também devem ser imunizados os profissionais das Forças Armadas, Forças de Segurança e salvamento, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, pessoas em situação de rua.