Parte dos vereadores de Araçatuba que fazem parte da bancada do prefeito de Dilador Borges (PSDB) ficou decepcionada com a formalização do racha entre os grupos do chefe do Executivo e da vice-prefeita, Edna Flor (Republicanos). A ruptura foi oficializada nesta segunda-feira (11), após o anúncio de que o chefe de gabinete Deocleciano Borella Júnior (PSD) é o pré-candidato à sucessão municipal com o apoio de Dilador.
Na realidade, parlamentares ouvidos pela reportagem do RP10 esperavam uma composição entre Edna Flor e Borella, para evitar o racha, o que tornaria a vida dos parlamentares da bancada mais tranquila, sem ter de escolher entre um lado e outro, evitando desgates e perda de cargos.
Um deles que esperava por uma composição é o vereador Coronel Guimarães, que na sexta-feira (8) filiou-se ao Republicanos, juntamente com a Edna Flor, em cerimônia realizada na sede do partido, em São Paulo.
“A Edna está com o Dilador faz tempo, já foi presidente da Câmara, está bem preparada”, defendeu Guimarães, que irá fazer campanha para a vice-prefeita, mas faz questão de ressaltar que vinha negociando sua ida para o Republicanos antes mesmo da ida de Edna para a sigla.
Coronel Guimarães disse ter ficado triste com a ruptura. O vereador, que vai concorrer à reeleição em outubro deste ano e está na base de Dilador desde a campanha eleitoral de 2020, vinha até negociando a possibilidade de assumir o partido, na tentativa de uma reaproximação com Dilador, que teria ficado aborrecido com declarações do presidente da Comissão Provisória do Republicanos local, Luiz Guilherme Testi.
Na ocasião, Testi disse, em uma entrevista, que seu grupo era oposição ao atual prefeito e que a vice, Edna, sabia disso quando decidiu se filiar ao partido que é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.
VEREADORES
De início, além de Guimarães, Edna Flor deverá ter o apoio do vereador Maurício Bem-Estar, cuja intenção é migrar para o Podemos, partido que já declarou apoio à vice-prefeita; do próprio Wesley da Dialogue, presidente do Podemos local; e também de Arnaldinho, que deve migrar do Cidadania para o Republicanos nos próximos dias.
Isso significa que estes parlamentares poderão perder cargos na administração, como geralmente acontece com os que optam por não apoiar o candidato ou pré-candidato indicado pelo prefeito.
Do lado de Dilador, a expectativa é de que permaneçam Antonio Edwaldo Dunga Costa (União Brasil); Dr. Alceu e Dr. Jaime, ambos do PSDB, mesmo partido do prefeito; além de Nelsinho Bombeiro (PV) e Gilberto Batata Mantovani (PL), mas ainda não há nada oficial, até porque todos precisariam ser acomodados em partidos aliados ao prefeito.
A presidente da Câmara, Cristina Munhoz (União Brasil), que também faz parte da base de Dilador, ainda não definiu seu futuro político. Regininha, por enquanto, está no Avante, partido que deverá compor com Filipe Fornari (PP) e Cido Saraiva (MDB).
Luiz Boatto e Arlindo, ambos do MDB, também não bateram, definitivamente o martelo e ainda avaliam o cenário, assim como o Pastor João Moreira (PP).
Lucas Zanatta (PL), por sua vez, declarou ser pré-candidato a prefeito.