A Polícia Civil está investigando seis pessoas no crime que chocou Araçatuba há pouco mais de uma semana, no qual um corpo foi encontrado enrolado em uma lona na rua Humberto Bergamaschi, no bairro Planalto. Os delegados Paulo Natal e Rodolfo Carlos de Oliveira, que investigam o crime, concederam entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira (13) para informar detalhes sobre o caso.
A polícia apurou até agora a participação de seis pessoas, sendo que dois investigados estão presos e um encontra-se foragido. Três deles são investigados pela morte e outros três pelo crime de ocultação de cadáver e fraude processual, porque tentaram sumir com o corpo.
Conforme os delegados, o crime aconteceu no sábado, em uma casa na rua Humberto Bergamaschi, a 60 metros do local onde o corpo foi encontrado. Na residência, frequentada por usuários de drogas, residem um homem e uma mulher de 47 anos, que não tem relacionamento afetivo.
De acordo com as investigações, segundo a mulher, há dois meses ela teria sido estuprada pela vítima, Fábio César Correia, 49 anos, e depois disso, ele retornou apenas no sábado (02 de março). Na versão dela, naquele dia teria ocorrido outro estupro, motivo pelo qual ela se armou com um cano de hidráulica e passou a desferir golpes contra a cabeça de Oliveira.
O outro morador da casa não teria agredido a vítima, sendo que um terceiro homem, de 42 anos, o qual encontra-se foragido, e teria um relacionamento com a moradora, pegou o cano de ferro e continuou com as agressões, provocando a morte de Oliveira.
Na sequência, os três enterraram o corpo de Oliveira numa cova rasa e cobriram com um colchão. No domingo o corpo começou a exalar mal cheiro. Para sumir com o cadáver da residência, a mulher pediu ajuda de dois frequentadores da casa, que com a participação de um motorista de aplicativo, dono do Ônix prata que apareceu levando o corpo, se prontificaram a sumir com o cadáver.
Eles desenterraram o corpo, enrolaram no encerado porque devido ao peso, não conseguiram colocar dentro do carro, e saíram puxando para levar e desovar em outro local. Quando passavam em frente a uma área verde não aguentaram o peso e acabaram soltando a lona.
Estupro
O delegado Paulo Natal disse que ainda não é possível saber a veracidade da versão do estupro. Segundo ele, a mulher já se envolveu em outras ocorrências nas quais alegou ter sido vítima de estupro para justificar os casos, sem revelar detalhes.
A moradora da casa disse à polícia que o outro morador não chegou a agredir Oliveira com o cano de ferro, e quem teria continuado com as agressões é o terceiro envolvido, que encontra-se foragido. O depoimento dele poderá ser uma pista para saber se o morador da casa participou ou não das agressões. Ele também nega.
Os moradores da casa e o terceiro envolvido são investigados pela morte de Oliveira, e o motorista de aplicativo e os dois frequentadores do imóvel são investigados por ocultação de cadáver e fraude processual.
Moto
Segundo a moradora da casa, no dia do crime Oliveira chegou com uma Honda Biz vermelha. A moto foi levada na fuga pelo terceiro investigado e a moto não foi mais localizada. A Polícia tem informações que ele teria tentado vender a moto na região do bairro São José.