Na tarde desta terça-feira (12), passageiros de um ônibus interestadual vivenciaram momentos de pânico na Rodoviária Novo Rio, situada na região central da capital fluminense. Um homem armado fez 17 pessoas reféns, entre eles idosos e crianças, iniciando uma crise que durou aproximadamente três horas.
Segundo a assessoria da Polícia Militar (PM), o agressor disparou contra pelo menos duas pessoas, deixando um homem de 34 anos gravemente ferido. O ferido foi prontamente encaminhado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, onde recebeu cuidados médicos de emergência.
Forças de segurança, incluindo o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), foram acionadas para a ocorrência. Em uma operação conjunta, agentes do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur) e outros batalhões locais reforçaram o policiamento na área. Ambulâncias de três unidades do Corpo de Bombeiros prestaram assistência no local, colaborando estreitamente com as autoridades policiais.
O porta-voz da PM, coronel Marco Andrade, revelou que durante o sequestro, o criminoso, armado com um revólver e um celular, não estabeleceu comunicação imediata com os negociadores. A motivação por trás do ato extremo ainda estava sendo investigada pela polícia.
Após horas de negociação, o sequestrador finalmente se rendeu às autoridades, permitindo que todos os reféns fossem libertados. A polícia informou que o indivíduo já possuía antecedentes criminais por roubo e foi encaminhado à 4ª Delegacia de Polícia para as devidas providências legais.
O incidente provocou o fechamento temporário da Rodoviária Novo Rio, impactando significativamente as operações de viagem programadas. A administração da rodoviária agiu prontamente, isolando a área para garantir a segurança dos demais passageiros e suspendendo as operações. Foi recomendado que passageiros com viagens marcadas entrassem em contato com as respectivas empresas de ônibus para reagendar ou cancelar suas passagens sem ônus.
Testemunhas no local descreveram a situação como caótica. A aposentada Cleuza Aparecida compartilhou seu relato de apreensão e medo durante os momentos de incerteza. “Um caos, faz 40 anos que eu viajo pela Rodoviária Novo Rio e nunca aconteceu isso. Eu estava perto do ônibus que foi sequestrado. Uma menina mandou todo mundo que estava lá perto entrar dentro do banheiro e se esconder”.
Outra testemunha, o eletricista Jorge Nascimento Lopes disse ter ouvido os tiros. “Nós estávamos comprando a passagem e começamos a escutar os tiros. Daí, foi uma correria e a polícia colocou todo mundo para fora da rodoviária, porque a gente ficaria mais protegido assim. Quem tem família, a preocupação é grande”.