A Polícia Militar capturou na manhã deste sábado (16), L.F.C.C., o terceiro envolvido na morte de Fábio César Correia, 49 anos, o Bim, cujo corpo foi encontrado enrolado em uma lona na rua Humberto Bergamaschi, no bairro Planalto, no último dia 4. Ele estava foragido e foi preso por policiais militares escondido em uma casa no bairro Mão Divina, zona oeste de Araçatuba.
A reportagem do RP10 apurou que o homem estava escondido na casa de uma amiga no final da rua Fundador Paulino Gato, no Mão Divina. Os policiais cabo Eduardo e soldado Barcelo receberam a informação e foram até o local na manhã deste sábado, e encontraram o foragido deitado, em uma casa abandonada num local que parecia um cativeiro.
Este homem, segundo os delegados Paulo Natal e Rodolfo Carlos de Oliveira, que estão conduzindo as investigações, é peça chave para saber se outro homem que já está preso teve ou não participação na morte de Oliveira.
Seis pessoas são investigadas no crime, três delas pelo homicídio e outras três por ocultação de cadáver e fraude processual. Os três investigados pela morte são, uma mulher e um homem de 47 anos que moram na casa onde Oliveira foi morto, e o homem preso neste sábado, que não mora na residência, mas teria um relacionamento amoroso com a mulher.
Os dois moradores já estavam presos e este terceiro homem foi preso neste sábado. A mulher havia dito que no dia dos fatos, ela teria começado a golpear a vítima com um cano de ferro, e seu companheiro teria dado continuidade, sendo que o outro morador da casa ajudou a enterrar o corpo. Com esta prisão a polícia tenta descobrir se realmente o morador chegou a agredir a vítima.
Investigação
A Polícia Civil está investigando seis pessoas no crime que chocou Araçatuba no dia 4 de março.
A polícia apurou até agora a participação das seis pessoas. O crime aconteceu em uma casa na rua Humberto Bergamaschi, a 60 metros do local onde o corpo foi encontrado. Na residência, frequentada por usuários de drogas, residem o homem e a mulher de 47 anos, que não tem relacionamento afetivo.
De acordo com as investigações, segundo a mulher, há dois meses ela teria sido estuprada pela vítima, Fábio César Correia, 49 anos, e depois disso, ele retornou apenas no sábado (02 de março). Na versão dela, naquele dia teria ocorrido outro estupro, motivo pelo qual ela se armou com um cano de hidráulica e passou a desferir golpes contra a cabeça de Oliveira.
O outro morador da casa não teria agredido a vítima, sendo que um terceiro homem, de 42 anos, o qual encontra-se foragido, e teria um relacionamento com a moradora, pegou o cano de ferro e continuou com as agressões, provocando a morte de Oliveira.
Na sequência, os três enterraram o corpo de Oliveira numa cova rasa e cobriram com um colchão. No domingo o corpo começou a exalar mal cheiro. Para sumir com o cadáver da residência, a mulher pediu ajuda de dois frequentadores da casa, que com a participação de um motorista de aplicativo, dono do Ônix prata que apareceu levando o corpo, se prontificaram a sumir com o cadáver.
Eles desenterraram o corpo, enrolaram no encerado porque devido ao peso, não conseguiram colocar dentro do carro, e saíram puxando para levar e desovar em outro local. Quando passavam em frente a uma área verde não aguentaram o peso e acabaram soltando a lona.
Estupro
O delegado Paulo Natal disse que ainda não é possível saber a veracidade da versão do estupro. Segundo ele, a mulher já se envolveu em outras ocorrências nas quais alegou ter sido vítima de estupro para justificar os casos, sem revelar detalhes.
A moradora da casa disse à polícia que o outro morador não chegou a agredir Oliveira com o cano de ferro, e quem teria continuado com as agressões é o terceiro envolvido, que encontra-se foragido. O depoimento dele poderá ser uma pista para saber se o morador da casa participou ou não das agressões. Ele também nega.
Os moradores da casa e o terceiro envolvido são investigados pela morte de Oliveira, e o motorista de aplicativo e os dois frequentadores do imóvel são investigados por ocultação de cadáver e fraude processual.
Moto
Segundo a moradora da casa, no dia do crime Oliveira chegou com uma Honda Biz vermelha. A moto foi levada na fuga pelo terceiro investigado e a moto não foi mais localizada. A Polícia tem informações que ele teria tentado vender a moto na região do bairro São José.