O presidente da Comissão Provisória do Republicanos de Araçatuba, advogado Luiz Guilherme Testi, disse ter ficado surpreso com a decisão da vice-prefeita Edna Flor de desistir de sua pré-candidatura à Prefeitura pelo partido e negou que tenha praticado violência política contra ela.
Em nota encaminhada à redação do RP10, Testi disse estar “estarrecido com profunda preocupação”. Ele disse que o conteúdo da carta “é dissonante da realidade” e que estava disposto a entregar a presidência do partido à então pré-candidata.
Em sua carta de renúncia endereçada ao presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, a então pré-candidata a prefeita de Araçatuba pelo partido disse ter sido vítima de violência política e de uma articulação para que o nome dela não fosse confirmado nas convenções partidárias, com o lançamento de um outro candidato pelo partido.
Testi nega as acusações e afirma não ter havido qualquer tipo de violência política de sua parte e de seu grupo e que a única ressalva foi o envio de informações do partido a não filiados, numa referência ao advogado Hermenegildo Nava, então coordenador da pré-campanha de Edna Flor.
“Não houve nenhuma forma de violência política, estando toda a estrutura à disposição da pré-candidata, com ressalvas ao envio de informações sigilosas a pessoas estranhas ao círculo partidário, conforme determina a Lei Geral de Proteção de Dados”, disse, na nota.
Leia abaixo, na integra, o texto enviado pelo presidente do Republicanos local:
“Recebo a carta da Dona Edna Flor estarrecido com profunda preocupação. Primeiramente porque é visível que o teor da carta é dissonante da realidade que a própria Edna nos passava, em que até ontem estava tudo certo, inclusive após este Presidente estar disposto à entregar à pré-candidata seu cargo, pelo bem e pela estabilidade do grupo e campanha.
A carta em questão na verdade lança luz a uma preocupação que nós do Partido Republicanos tínhamos em relação à real independência da candidatura da então Vice-Prefeita Edna Flor. Afinal, enquanto víamos uma luta por autonomia desta candidata, que historicamente vem servindo nossa comunidade, o seu entorno parecia caminhar no sentido oposto, impondo-lhe uma conjuntura que ela manifestamente não queria.
Não houve nenhuma forma de violência política, estando toda a estrutura à disposição da pré-candidata, com ressalvas ao envio de informações sigilosas a pessoas estranhas ao círculo partidário, conforme determina a Lei Geral de Proteção de Dados.
Por fim, posso dizer que lutamos pela independência de Edna Flor, em defesa de seus direitos e interesses, mas no final, infelizmente assistimos o contrário acontecer. Desejo, deste modo, que Edna seja feliz, que respeitem Edna e lhe deixem trabalhar.
Não me surpreendo que agora ela seja procurada por partidos que anteriormente a tenham rejeitado. Que Deus lhe dê sabedoria.”