Familiares de presos alegam que foram proibidos de entrar no CDP (Centro de Detenção Provisória), de Lavínia (SP), no último final de semana. Os parentes dos detentos não teriam sido avisados sobre a suspensão das visitas na unidade, o que gerou muita reclamação.
A mãe de um dos detentos, que preferiu não se identificar, contou que o filho está preso no raio 8. Ao chegar para visita no último sábado (2), ela e as outras visitantes foram avisadas sobre a suspensão de acesso ao raio, entretanto, o motivo não foi informado pelos funcionários. Segundo a mulher, a suspensão foi direcionada somente aos presos do raio 8.
A mulher contou ainda que familiares de outros presos que vieram da capital e de outras cidades do Estado, tiveram que passar o dia todo no sol em frente à unidade, já que vieram em caravana e o ônibus teria que aguardar as pessoas que entraram na unidade. No domingo (3), os familiares tiveram novamente a entrada proibida no centro de detenção.
Além da suspensão das visitas sem aviso prévio, os familiares afirmam também que os presos estão sendo tratados com precariedade. Segundo eles, as refeições muitas vezes são servidas em pouca quantidade e estragadas. Há também relatos da suspensão de energia e água por várias horas, em vários dias da semana.
Outro lado
A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) disse que o fornecimento de água e energia elétrica no Centro de Detenção Provisória de Lavínia estão dentro da normalidade, assim como a alimentação que é servida em quatro refeições de acordo com cardápio padrão.
Em relação as visitas, a SAP disse que no dia 01/03, dois presos da unidade se recusaram a retornar do banho de sol e foram avisados que essa atitude era passível de falta disciplinar. Eles se recusaram a deixar o pavilhão e foram trancados em suas celas para garantir a segurança dos demais presos e da unidade.
Ainda de acordo com a Secretaria, no dia seguinte, um dos presos resolveu sair e foi encaminhado ao pavilhão disciplinar. Diante da situação, a visita no pavilhão foi suspensa, visando garantir a segurança dos presidiários, agentes e visitantes.